Goleada de 1 a 0

(Foto: REUTERS/ Amir Abdallah Dalsh)

Pontualmente, às três da tarde, estava eu em frente à telinha pensando no meu inesquecível amigo Alfredo, o “Carioca do Grêmio” que, se entre nós estivesse, teria sofrido uma barbaridade.

Como brasileiro e pelos meus amigos gremistas, em especial o Carioca, preparei o espírito para torcer pelo time gaúcho, sabendo que seria um jogo muito difícil de ser ganho, porém não impossível.

O início até que não foi ruim, com o Grêmio fazendo a marcação alta, dificultando muito que o time do Real criasse as jogadas. Infelizmente, foi só no início. Aos pouquinhos, a marcação foi relaxada, o Real tomou conta do jogo e, não fosse pela segura atuação deste zagueiraço que é Geromel, o jogo já estaria liquidado no primeiro tempo, que terminou em 0 a 0.

Veio a etapa final e o Grêmio conseguiu ser pior do que no primeiro tempo. Claro que há uma superioridade técnica, mas não esta que vimos hoje. O time do Grêmio entrou com uma tonelada de responsabilidade nas costas e, o Real foi lá pra jogar um jogo.

Aliás, a importância que damos ao Mundial de Clubes, é completamente diferente dos europeus. Para nós, sul-americanos, este título é o máximo. Para eles, o máximo é ganhar a Liga dos Campeões.

Voltando ao jogo. Parece que a bola queimava nos pés dos jogadores do Grêmio, que não conseguiam acertar três passes seguidos. O único chute a gol, durante toda partida, foi em uma cobrança de falta, em que a bola quase raspa o travessão. Faltou tudo ao Grêmio, inclusive coragem e vontade de vencer.

Luan, decantado como o melhor jogador que atua no Brasil – com o que não concordo – foi uma enorme decepção. Sentiu o peso do jogo e, simplesmente, não jogou.

O Real, que não precisou jogar muito, conseguiu o seu gol com a colaboração da barreira do Grêmio que, infantilmente, abriu na cobrança de falta de Cristiano Ronaldo.

Esta competição, que tem tudo para se eternizar, precisa ser modificada. Não há como seguir desta forma, onde o representante europeu entra já sabendo que a chance de ser campeão ultrapassa a barreira de 80%.

O ideal seria um campeonato com oito clubes, sendo quatro da Europa, dois da América do Sul, e dois do restante do mundo. Aí, com certeza, haverá emoção.

Como está, caminha para o fim…