Treino do Corinthians 15/03 (Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians)

Cabeça de brasileiro e de rubro-negro

Um dos melhores fatos novos do nosso jornalismo é Martín Fernandez que, além de muita sensibilidade para tudo que rola dentro e fora das quatro linhas, tem o dom de comunicar, escrevendo ou falando, de forma didática, hiper compreensível e, sempre, com total coerência.

Na sua coluna no Globo, Martín chama a atenção para um fato curioso. Em alguns estados os jogos de futebol estão proibidos até segunda ordem, porém, os treinamentos… não!!!

Vamos tomar o Campeonato Paulista como exemplo. Que diferença existe entre um jogo entre Corinthians e Palmeiras, para um treinamento coletivo de qualquer uma das equipes? Resposta: quase não há diferença, pois o número de pessoas envolvidas, e a forma como o trabalho será executado, será igual.

Adoraria voltar no tempo e, na condição de repórter, entrevistar o governador de São Paulo, pedindo que explicasse ao “respeitável público” tamanha incoerência.


 
Mudando de assunto. Primeiro foi a vez de Natan. Agora a bola da vez é o goleiro Hugo.

Não consigo entender a política do Flamengo em rifar jovens valores, com enorme potencial, correndo o risco de – além do prejuízo técnico ao abrir mão destes jogadores – amanhã, ficar com cara de bobo arrependido por ter feito um péssimo negócio.

Antes que alguém argumente que a recíproca é verdadeira, e que os dois jogadores citados podem não vingar, chamo a atenção para os objetivos do Flamengo, que não é um clube cuja meta prioritária seja o negócio, e sim, os títulos. Se possível, todos!

Portanto, qual é a graça em conseguir formar possíveis futuros craques e, entregá-los ao primeiro interessado?

Aí é o caso daquela conclusão óbvia: “Craque o Flamengo faz em casa e vende a preço de banana…”