Isla (Foto: AFP)

Decisão coerente

Se nem clubes do potencial financeiro de Barcelona, Real Madrid, Manchester, Liverpool e, por aí vai, conseguem 100% de manutenção de um time vencedor, de uma temporada para outra, como exigir ou estranhar que isto ocorra com um grande clube de terceiro mundo?

Enquanto alguns estranham e outros lamentam a saída de Rafinha, além de, injustamente, criticarem o fato de o Flamengo nada ter recebido pela transferência, – caramba, era assim ou, nada feito – prefiro encarar com naturalidade as pequeninas modificações que estão ocorrendo.

De um time campeão de tudo, só dois titulares não permanecerem, convenhamos que esteja de bom tamanho. Daquele timaço do ano passado, não teremos, este ano, Pablo Marí e Rafinha.

Na zaga, reposição feita, muito embora, até agora, ainda deixando saudade do espanhol. Na lateral, vem aí o chileno Isla, em situação muito parecida com a que Rafinha veio para o Flamengo. Além da coincidência na oportunidade, o fato de Isla, 32 anos, ter também experiência, pois jogou por muitos clubes europeus e tem mais de cem partidas pela seleção chilena. Pode até não dar certo, mas não se pode negar coerência para a peça de reposição.

De resto, torcer para que o nosso novo treinador entenda que, em função da pandemia, o calendário ficou apertadíssimo, o que praticamente alija os treinamentos, já que, há jogos dia sim, dia também. O que quero dizer com isso? Que Torrent deve ser suficientemente inteligente para ir colocando suas ideias em doses homeopáticas…

Nesta largada de Brasileirão, alguns resultados surpreendentes, muito equilíbrio e toda pinta de que o Atlético Mineiro será nosso principal concorrente. Alguém discorda?