A tal intensidade

Vi todo jogo entre Corinthians e Vasco, na Arena Corinthians, com belo público. Confesso que fiquei impressionado pela doação de todos os jogadores que entraram em campo.

Nervos à flor da pele, com os dois times brigando contra o rebaixamento. Vendo o primeiro tempo de uma correria louca, lembrei do nosso João Saldanha, que dizia ser impossível durante 90 minutos, ficar no indo e vindo, beijando o pé e o pescoço da girafa. João, se aqui estivesse, teria ficado surpreso. O ritmo do primeiro tempo continuou no segundo, até o apito final.

Os dois times, medianos tecnicamente, compensaram com juros e correção monetária o que ficaram devendo na parte técnica, com uma intensidade que poucas vezes vi este ano.

Aí, fica no ar a dúvida. Se esta entrega fosse uma rotina, estariam na situação delicada que estão na tabela? E, por consequência, esta dúvida também reside na cabeça de qualquer rubro-negro.

Tudo bem que temos as nossas deficiências, mas longe no aspecto técnico, estamos acima da maioria esmagadora dos times que disputam a série A. Repito: Independente da infeliz experiência com um estagiário, de contratações equivocadas, não teria faltado a tal da intensidade?

Voltando ao jogo. A sorte sorriu para o Corinthians. E sorte – talvez nem tanto quanto a entrega – também é fundamental.

Que ela esteja conosco em Recife.