As manchetes de hoje ridicularizam não a figura de Antonio Carlos Nunes, eleito ontem vice-presidente da CBF, e sim, os coronéis deste Brasil varonil. Manchete: “ ‘Coronel eleito vice da CBF”. Pergunta: Onde está escrito que um coronel não pode ser eleito, em processo democrático, seja lá para o que for? Será que é demérito ser coronel? Será que coronel é uma doença contagiosa, quem sabe, uma “Zica” camuflada?
Enquanto o Coronel em questão vira Geni e, por tabela, os outros todos coronéis viram Genis, o foco da questão é esquecido. Pergunta: Como o Coronel Antonio Carlos Nunes foi eleito vice-presidente da CBF? Foi um golpe de estado? Foi nomeado pelo presidente licenciado? Foi indicado pelas forças armadas? Foi por interferência do Papa? Resposta: Não. Foi eleito, num processo democrático, em que os CUBES têm a maioria dos votos.
Para quem não sabe, são 67 votos. As 27 federações, os 20 clubes que participam da primeira divisão e os 20 clubes que participam da segunda divisão. Os clubes somados representam maioria esmagadora, num total de 40 votos, contra 27 das federações. Nesta eleição, o Coronel foi eleito com 50 votos a favor, 3 contra, 3 votos em branco e 5 abstenções. Resumo da ópera: Quem decidiu ser este o melhor caminho para o futebol brasileiro foram os CLUBES. Isto sinaliza de maneira clara que, antes de se bradar por reformulações nas Federações e na CBF, talvez mais importante seja o pleito ou, a luta, de que isto comece pelos clubes. O episódio de ontem é o maior exemplo.
Me desculpe Kleber Leite, os clubes são reféns do “sistema”! E o medo da retaliação depois? Isso se chama politicagem, o povo brasileiro ta cansado disso. Futebol brasileiro mudado só com uma grande reformulação nessa dita “democracia” pra inglês ver.
Presidente, ja estou preocupado com essas contratações, será que vai ser igual aos outros anos ? Nos precisamos de jogadores de nível A como: Henrique (zagueiro) , Jean (volante) Montillo (meia) e Robinho (atacante). teríamos uma equipe forte faltando um volante de pegada .
E o dinheiro vem de onde??
Coronelismo só acabará quando não existir mais militar no mundo, ou seja, nunca. Tenho pessoas na família que são oficiais militares da reserva do exército e eles ficam puto da vida quando falamos dos militares, pois dizem que não sabemos das coisas como de fato ocorriam no tempo que mandavam e desmandavam.
A verdade que em tudo na vida há pessoas boas e pessoas aproveitadoras da oportunidade. O Brasil se especializou em se tornar um país de oportunistas. Não temos uma classe política séria e muito menos comprometida com o país. Vindo deles esse mal exemplo, o que se pode esperar da camada basilar da sociedade?
Um ministro que não lembro o nome disse que nosso Congresso Nacional deve ter pelo menos uns 400 parlamentares que só estão lá para fazer negócios e buscar vantagens pessoais. Basta se observar que esse trem de duzentos vagões, chamados partidos políticos, só apoiam o governo se levarem algum ministério, algumas diretorias de empresas públicas e por aí vai. Esse retrocesso político cultural só acabará quando nosso país for 100% educado e composto por uma sociedade que entenda que não se pode ficar de braço cruzado só resmungando pelos cantos. Nossa juventude atual já começa a sinalizar como tendo esta atitude. Já é um começo.
Esse senhor vem prestar um desserviço ao futebol. Nunca fez nada que merecesse essa indicação. A CBF se tornou um antro de podridão tal qual nosso Congresso Nacional e outros forúns governamentais que só existem para abrigar oportunistas e desinteressados pelo país. Só querem mamar nas tetas do país. O povo que se dane. O Chico Anysio, com muita sobriedade, criou um personagem de um deputado que só pensava em sí mesmo e não estava nem aí para o país e seus cidadãos.
Dificil acreditar num país assim. Sei que minha geração não verá o país que gostaria de viver. Espero que minhas futuras gerações tenham esse prazer.
Até se comentou muito negativamente sobre o voto do presidente do Fluminense para o Coronel! Alguns fatos precisam ser encarados:
Em primeiro lugar, se trata de um mandato “tampão”, uma vez que o atual presidente da CBF esta impedido…
Em segundo lugar, os próprios clubes não estão preparados ainda para lidar com o atual quadro político, eles mesmos não tem concesso sobre um nome ou um projeto para a CBF.
Em terceiro, houve uma indignação da mídia em relação a não tomada de poder por parte dos clubes, mas as ferramentas para tal já estão a disposição…Ou para um nome de consenso ou para manter a estrutura atual como testa de ferro! Qdo se vê uma figura como kalil comandando a 1a. liga Sul, Sudeste e Minas, vamos que o quadro politico dos clubes tem que melhorar em muito!
A tomada do Castelo CBF, foi a principal batalha da guerra onde as Federações estaduais sentirão o golpe.
Me utilizando do preconceito (lamento!), um desconhecido presidente da Federação Paraense, NÃO pode comandar a maior entidade do futebol brasileiro…
Nem estou falando no clássico eterno como Remo x Paysandu ou, Paysandu x Remo…
Muito menos, em preparo ou despreparo do Coronel.
Temos consciência que eleição é um jogo de composição política. Nem sempre o melhor vence, mas quase sempre, os interesses vencem.
Partindo dessa premissa, evidente que a eleição foi legal.
O fato, é que isso não é sinônimo de legal para a CBF… e, para o nosso futebol.
O que vamos saber mais adiante, é o que nosso coronel pode fazer pelo futebol brasileiro.
Em 1970, Garrastazu Médici foi fundamental…
Na minha opinião, barca pra TODOS os vices, e começa tudo do zero…
Pra não dizer que não falei em flores, pior seria o Presidente da Federação do Rio de Janeiro, o eleito…