(Foto: David Ramos / Reuters)

Os craques driblando as malas

O craque do jogo, na semifinal da Liga dos Campeões, em que o PSG meteu 3 a 0 no time alemão, foi Di María, jogador argentino, cracaço de bola, um baita organizador de jogo, que nem sempre foi reconhecido como tal.

Aí me vem à cabeça alguns jogadores geniais que, em função da insensibilidade de alguém – treinador ou dirigente – deixaram de se consagrar em um clube, para serem quase Deus em outro.

Como é que o Flamengo perdeu Gérson para o Botafogo? Como é que o Botafogo perde o Paulo Cezar Caju para o Flamengo? Como é que o Corinthians entregou Rivelino ao Fluminense? Como é que Di María pode ser barrado na Seleção Argentina? Como é que alguém pôde duvidar do talento de Zico, afirmando que era um jogador de Maracanã?

Em se tratando de ser humano, tudo pode, pois os imbecis também fazem parte do mundo do futebol.

Onde quero chegar? Simples. O timing é definitivo no mundo da bola… Os idiotas de carteirinha continuam palpitando e decidindo a vida de muitos clubes por aí. Por isso, a eles devemos estar atentos, pois conseguem a façanha de não distinguir a diferença entre um raro talento e um autêntico perna de pau.

Antes do jogo semifinal da Champions, conversei sobre este tema com o nosso vice de futebol, Marcos Braz. É preciso estar atento aos escorregões de dirigentes e treinadores. De vez em quando, eles concluem que um baita jogador não vale nada.

A lambança inesperada do vizinho pode ser uma bela solução para nós. Há algo no ar que pode nos ser útil.

Não posso e não devo me aprofundar no tema. Vamos ficar por aqui, torcendo para que a vitória sobre o Grêmio seja nossa arrancada definitiva. Pode não parecer, pois estamos muito no início do campeonato, mas tenho a sensação de que o nosso futuro depende muito deste jogo.