O continente dos “micos” e o Whatsapp do futebol rubro-negro

O mico em questão não é aquele animalzinho que pula com leveza ímpar, de galho em galho. O “mico” sobre o qual nos referimos é aquele que virou símbolo da grande trapalhada, do grande vexame. Aliás, o nosso continente é pródigo em micos, como também, em “micos.”

Após aquele duplo papelão em Buenos Aires, com os torcedores do River atacando o ônibus dos jogadores do Boca e, como solução para colocar a casa em ordem, o presidente da Conmebol decide, através de canetada simples, programar a final Argentina de uma competição Sul-americana para Madrid, o nosso bravo River Plate é eliminado pelo singelo Al Ain. Como diz o Velho Apolo, “é mole ou quer mais?….”

O pessoal do Boca, que deve estar dando gargalhadas, deveria estar também chorando, ante tanta barbaridade que se comete contra o futebol no nosso continente.

A próxima estupidez é a decisão autoritária e burra do jogo final único pela Libertadores. Coisa de macaco de imitação. Como na Europa é assim, vamos copiar. Só que, na Europa o poder aquisitivo da população é outro, a malha ferroviária é espetacular, onde se percorre, pelo TGV, 500 quilômetros em duas horas. Aqui, na modesta América do Sul, nem trilhos temos, quanto mais TGV.

E o pior é que clubes e CBF não se insurgem ante tamanha barbaridade. Irritante e desanimador…


Mudando de assunto. Soube que os cinco membros do tal Comitê do Futebol do Flamengo, mais o diretor remunerado, o treinador, o presidente – e sabe-se lá quem mais – discutem tudo, em grupo, pelo WhatsApp. Com tanta gente, não há notícia que pare em pé. Ato contínuo ao papo, vaza…

É o que eu digo aqui e, como se experiência nada valesse. No futebol, quanto menos gente, melhor. E, repito: isto tem tudo para dar errado, embora torçamos para dar certo.