Karim JAAFAR / AFP

A três passos do paraíso

Neste post, pretendo expressar o meu real sentimento após o jogo que valia um título mundial.

Peço desculpas por um ou outro exagero. Na realidade, deveria esperar um dia para que pudesse desenvolver uma linha de raciocínio mais equilibrada e suave, mas é o tal negócio: quem é Flamengo deve entender o meu sentimento.

Ver escapar pelos dedos algo que é tão difícil alcançar, convenhamos, é duro. A minha torcida extrapolava a paixão rubro-negra. Torci muito, também, pelo Bap e por tanta gente boa e competente que o cerca. Pode ser que alguém não entenda, mas tenho extremo orgulho, prazer e alegria em saber que, na presidência do clube, há um rubro-negro honrado e brilhante. Bap merecia — e merece — ser o presidente do bi mundial. Como pode exercer o cargo por mais cinco anos, aposto todas as minhas fichas que esse dia chegará.

No post pós-jogo, reconheço que o título “Síndrome de vira-lata” ficou mal explicado. Quis me referir, exclusivamente, ao momento decisivo, ou seja, à cobrança dos pênaltis. Nada além disso, pois, com a bola rolando, ninguém emocionalmente desafinou.

Meu inconformismo também ficou por conta da torcida por Filipe Luís, que, no fundo, era uma torcida por todos os treinadores brasileiros. A conquista abriria, por mérito incontestável dele, um novo horizonte para os desacreditados técnicos nascidos no Brasil.
Enfim, doeu muito, pois o caneco mais importante nunca esteve tão próximo do nosso colo desde 1982.

Mirando o futuro, estimo que as próximas “janelas” rubro-negras tenham vista para o mar, isto é, sejam aproveitadas de forma mais competente. Aliás, esse será o fator decisivo, o verdadeiro termômetro para 2026.
No duro, temos, até Arrascaeta, um time para brigar com qualquer europeu de ponta: Rossi; Varela, Léo Ortiz (ou Danilo), Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho e Arrascaeta. Até aí, beirando a perfeição.
No nosso elenco, excetuando-se Pedro, em forma, não há nenhum outro titular absoluto no ataque. Apenas bons jogadores para compor o grupo.

Paralelo ao que coloquei, urge contratar: um goleiro para a reserva de Rossi, um centroavante, alguém de nível para revezar na criação com Arrascaeta e mais um zagueiro.
Se acertarmos a mão, quem sabe, consigamos já no ano que vem.

Em síntese, 2025 foi muitíssimo bom, porém, ficou a três pênaltis de entrar para a história.
Vida que segue…
2026 será nosso!