Alexandre Vidal / CRF

Olho na Copa do Brasil e ouvido na Libertadores

Nossos olhos estarão grudados na telinha para este primeiro jogo da fase semifinal da Copa do Brasil.
Ainda sem Arrascaeta no setor criativo, mas com um time que impõe respeito, mesmo fora de casa e com gramado artificial, não há como negar o favoritismo rubro-negro.
Gosto muito mais do regulamento da Copa do Brasil, que ignora esta invencionice de gol valendo dois no campo do adversário. Como é na Copa do Brasil, tudo é muito mais natural e a possibilidade de decisão através dos pênaltis é maior.

Como ocorre em 95% dos nossos jogos, o Atlhetico Paranaense deve jogar fechadinho, explorando os contra-ataques. Que vamos ter maior posse de bola, não tenho a menor dúvida. O que esperamos é que este domínio desemboque no gol adversário. Que estejamos mais inspirados na criação – mesmo sem Arrascaeta – e que Gabigol jogue mais adiantado e volte a ser o jogador decisivo.

Se os nossos olhos estarão em Curitiba, os ouvidos, divididos entre Assunção – sede da CONMEBOL – e Montevideo, local da grande final da Libertadores.
Em Montevideo, atenção aos voos que passarão a ser liberados, a partir do dia primeiro de novembro, quando será aberta a fronteira para o mundo. Idem com relação aos hotéis, que estão com muitos bloqueios e preços salgados.
Aliás, salgado mesmo será o preço dos ingressos, com o mais caro, no setor 1, com mordomias garantidas, sendo oferecidos no Rio e em São Paulo, por dois mil dólares ou, aproximadamente, onze mil reais.

Para um país de primeiro mundo, onde se ganha em euro ou dólar, com abundância de malhas rodoviária, ferroviária e aérea, com todas as facilidades e custos baixos, tudo bem. Querer aplicar aqui o que se vive na Europa é estar em total falta de sintonia com a realidade.
Um evento deste porte deve proporcionar facilidade e prazer, e não dificuldades mil e desespero, seja para pagar ou por não poder ir a Montevideo.

Que a nossa quarta-feira seja de alegria.