Feliz natal, e que 2018 suavize e inspire o ser humano

(Arte: Equipe KL)

A hora é de parar um pouquinho e, até pelo espírito de Natal, arranjar um tempinho para se olhar pra trás, tentando encontrar um balanço do ano que está no fim e projetar a vida no que está chegando.

A parada é quase que obrigatória, já que neste período, como acontece em todos os anos, a especulação impera e o noticiário esportivo acaba virando o “samba do crioulo doido”. Fred, vem ou não vem? Vinícius Júnior, fica ou já vai para o Real? Rueda, fica ou vai dirigir a seleção do Chile? E Guerrero, que atitude tomar? Enfim, o dia a dia rubro-negro, até que as coisas se definam vai ser por aí…

Como não sou de ficar em cima do muro, devo dizer que o nosso presidente Eduardo está perdendo uma bela oportunidade de começar do zero. Modificações de meia boca nunca deram resultado. Portanto, há duas alternativas, quais sejam: deixar como está ou modificar radicalmente a estrutura do futebol.

A segunda opção, por tudo que se viu este ano, a meu conceito, seria a mais pertinente. Sem briga, sem espinafrar ninguém, agradecendo o esforço de cada um e, mudando tudo.

Parto da premissa de que futebol é turma e, quanto menos gente, melhor. A sintonia fina é necessária e isto só se consegue quando há total afinidade entre as pessoas que compõem o departamento.

Trocar peças é tapar o sol com a peneira. Melhor seria trocar o tabuleiro e começar um novo jogo. Pelo jeito isto não acontecerá no futebol do Flamengo. Como, por formação, respeito quem pense em contrário, e pelo fato de só saber torcer a favor, torço para que tudo dê certo.

No aspecto humano, ainda com a população impactada pelo horror das cenas que assistimos no nosso último jogo do ano, imaginar pessoas menos selvagens e agressivas no ano que vem chegando. Culpar o Flamengo, ou o policiamento, pela selvageria que tomou conta do Maracanã e seu entorno é, pura e simplesmente, virar às costas para a realidade do nosso dia a dia, onde se faz o que quer sem a mínima responsabilidade, e sem nenhum tipo de preocupação, carinho, respeito e amor pelo próximo. A convivência real entre as pessoas se transformou no comportamento verificado nas redes sociais, onde a falta de respeito é completa e, se não houver um freio forte, definitiva.

Em síntese, que o ser humano acorde desta viagem sem volta, onde impera a lei de Murici, onde cada um cuida de si, além da máxima nordestina, “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Que 2018, o ano da Copa, traga ares de amor, bondade, compreensão e carinho. Que 2018 seja um ano mais justo.

Um lindo Natal e muita paz neste ano que vem chegando. Obrigado por vocês existirem na minha vida e, em janeiro estaremos de volta. Se Papai do Céu quiser…