(Reprodução da TV)

Dilema

Como estamos em família, tenho a obrigação de falar com a alma e, confesso que ando agoniado com este assunto de indenização aos familiares dos nossos meninos do Ninho.

Pode ser que alguém aqui no blog encare o fato com naturalidade. Eu, definitivamente, não consigo.

Como ser humano, não bate bem em mim esta mistura de desgraça e dinheiro juntos.

Muito ruim ler que o Flamengo fez uma proposta e que, o Ministério Público considerou a proposta aquém da expectativa.

Muito ruim ler que o Flamengo argumenta que, comparando-se com a desgraça da boate Kiss, o clube está oferecendo bem acima do acordado lá com os familiares das vítimas.

Quem lê o noticiário tem a sensação de que a briga é pelo dinheiro e, cada qual procurando levar algum tipo de vantagem na negociação.

Já disse aqui e, repito que o Flamengo já deveria ter entregue este tema para um escritório de advocacia “peso pesado”. Com certeza absoluta, como mestres em todas as matérias jurídicas e, pela experiência acumulada, estes profissionais têm qualificação para tirar este peso de cima da instituição, passando a conduzir tão desgastante assunto.

Como está e, cada vez será pior, o Flamengo passará, também, a ser visto como uma instituição desalmada, mais preocupada em gastar menos do que ser justa.

Que o Flamengo trate de cuidar do que lhe compete, que voltemos a falar de futebol, basquete, remo, judô e… por aí vai.

E, que os profissionais contratados da área jurídica cuidem deste tema importante, desgastante e doloroso.

Não estou aqui pregando que a direção do clube abandone o caso, e sim, que acompanhe, mas que o “embate” fique por conta de um competente e renomado escritório de advocacia. Santo de casa, neste caso, só contribui para desgastar a instituição.

Como já dizia um amigo meu, “o único amador que deu certo foi o Aguiar”.