(Foto: Alexandre Vidal / CRF)

Um plano de voo, antes que seja tarde

Pode parecer que o nosso momento ruim seja passageiro, afinal temos um elenco que qualquer torcedor de outro clube toparia um troca-troca no pacotão, mas, infelizmente, não é assim que a banda toca.

Para começar, se ainda pretendemos ganhar o Campeonato Brasileiro, é necessário que seja traçado um plano de voo urgente, pois mais umas duas turbulências o nosso avião vai perder o rumo.

Há de se criar uma “força tarefa” que dê suporte ao novo treinador que, por seu turno, precisa ser humilde para admitir que é impossível ter total conhecimento de causa em matéria tão complexa como o futebol, sem o tempo suficiente.

Contratamos um treinador que pegou o avião em uma escala, sem conhecer tripulação e passageiros. Claro que soa um pouco irresponsável e, convenhamos, é mesmo. Por isso, os treinadores de peso, aqueles que têm compromisso ético, não aceitam este tipo de improviso.

Para o treinador escolhido, que aos 65 anos inicia a carreira de protagonista, o risco faz até sentido, até porque, embora tenha tudo para dar errado, como o tema é futebol, quem sabe não acaba dando certo…

Enfim, os interesses são conflitantes. O do Flamengo, pelo elenco que tem, exigir sucesso do treinador e ganhar, como ocorreu ano passado, quase tudo.

O treinador, como pegou o avião em pleno voo, tentar fazer o que for possível, o que para o clube, convenhamos, é muito pouco.

Algo precisa ser feito e com urgência. Quem sabe encostando alguém de peso no catalão. Uma figura que possa ser um óculos de grau para quem tem enorme dificuldade em enxergar.

De que adianta escalar o time óbvio, ou seja, o que todos sabemos de cor, se na hora de substituir, o melhor em campo é sacado?

Enfim, é hora de agir. O comandante precisa de um co-piloto que conheça o avião, a tripulação e os passageiros.