Gilvan de Souza / CRF

Somatório de equívocos

Fluminense 2 x 1 Flamengo

Esta história é longa, onde a falta de atitude dos clubes, os maiores culpados, compromete a mais importante competição do país.
Que negócio é esse, faltando cinco rodadas para o final do campeonato, quem mais investe ser punido, sendo obrigado a colocar um time remendado em função da tal “data Fifa”?
O treinador italiano da seleção, na entrevista coletiva, afirmou que a seleção é prioridade. Volto a indagar: prioridade para quem?
Garanto que a maioria absoluta dos torcedores brasileiros não concorda com ele.
Uma vergonha, uma avacalhação, um deboche esta pantomima patrocinada pela Fifa, com o apoio luxuoso das federações, ignorando o interesse dos clubes e dos torcedores — dobradinha que explica a grandeza do futebol.
Os nossos dirigentes têm sido omissos e irresponsáveis. A prova disso é o afastado presidente da CBF ter sido eleito pela unanimidade dos clubes que compõem as Séries A e B.
A única solução para o futebol é uma revolução dos clubes.
Será que ninguém se habilita a levantar esta bandeira? Chega, basta, de ser vaquinha de presépio.

Agora, vamos ao nosso tema crucial.
Independentemente do que coloquei, poderíamos ter tido melhores alternativas caso tivesse havido uma melhor montagem de elenco.
Comecemos pela ponta esquerda. Contratamos Samuel Lino por uma fortuna, tendo para a posição três jogadores: Cebolinha, Bruno Henrique e Michael.
Em contrapartida, até hoje não há um reserva para Pedro. E, como Pedro está contundido, fica um enorme buraco.
Na minha cartilha, para uma temporada, são necessários cinco zagueiros. Temos três. Como um está contundido e outro “a serviço” da seleção, ficamos a pé…

Com relação a este Fla-Flu, meio que uma tragédia anunciada, em que nosso treinador vacilou.
João Vitor, contra o Sport, deixou claro que ainda é cedo para ele. Não poderia ter sido escalado.
Varela, sem dormir, é um milhão de vezes melhor do que Royal.
Jogamos um primeiro tempo sem povoar o meio de campo, onde se ganha ou perde o jogo.
Cebolinha, em vinte segundos, jogou muito mais do que o primeiro tempo de Samuel Lino, que demonstra estar precisando de apoio psicológico.

Vou ficar por aqui. O resumo da ópera é que perdemos um ponto na distância do Palmeiras.
Tudo em aberto. Brasileiro e, claro, Libertadores.
Até São Judas cansa…
Precisamos fazer, minimamente, a nossa parte.