Renato Maurício Prado, em sua coluna, divulga pesquisa feita entre seus leitores que consideraram que Pet, com enorme vantagem, tenha sido mais idolatrado pela torcida do Flamengo do que Romário.
Com todo o respeito, achei o encaminhamento da pergunta meio truncado. A pergunta não foi quem fez o gol mais importante ou, quem conquistou o título mais importante ou, títulos mais importantes. A pergunta foi sobre quem foi mais idolatrado pela torcida do Flamengo, e aí, os números são amplamente favoráveis a Romário. Primeiro, na chegada. Que jogador parou o Rio de Janeiro no dia de sua apresentação, mobilizando a maior caravana de todos os tempos entre o aeroporto Tom Jobim e a zona sul da cidade? Que jogador foi responsável pelo Flamengo ter batido todos os recordes de público pelo Brasil inteiro? A Umbro bateu o recorde mundial de vendas de camisa de time de futebol com a 11 do Flamengo. A 11 de Romário. Em Vitória, no Espírito Santo, para ver Romário, foi formado o maior corredor polonês que se tem conhecimento até hoje. O ônibus do Flamengo, da saída do hotel até o portão do estádio, isto é, em todo o longo trajeto, teve a escolta do povo. Tudo isso, só para ver Romário, um segundinho que fosse… O nome disto, é idolatria. Neste quesito, só um jogador poderia competir com o baixinho, só que, aí a parada seria indigesta e, claro, Romário ficaria em segundo. Zico é tão importante que se confunde com o Flamengo. Quando isto acontece o ídolo se transforma em Deus.
Zico é o Deus rubro-negro.
Essa é covardia!!!!
Assim como Pelé, dentro da área, não nasce outro Romário…
Pet, meu presenteou com uma das maiores emoções que tive na vida, em 2001.
Não vi Zizinho jogar.
Muitos dizem que era melhor que Pelé.
Mas no Brasil, e pela ordem, vi Pelé, Garrincha, Zico e Romário…
Pet foi um monstro! Um dos melhores meias que vi.
Mas, mesmo em posições diferentes, se tivesse que escolher, nem piscava.
Aliás, estava vendo os 60 anos do Júnior na Gávea, Romário barrigudo, careca, capenga, fez uns 8 gols…
Como centroavante, é titular em qualquer seleção do mundo.
Eu sou dessa geração, com 13 anos em 1995, que teve na chegada do Romário talvez o momento de maior alegria no futebol. Não era simplesmente a chegada de um super craque ao clube, era a vinda daquele jogador que tinha sido eleito o melhor do mundo. Era aquele jogador que seis meses antes tinha sido o principal jogador da Seleção na conquista da Copa do Mundo, o que não ocorria há 24 anos. Com Romário tive a decepção daquela injustiça, coisas que tornam o futebol tão mágico, de ver o Renato Gaúcho fazer um gol de barriga e tirar o titulo carioca de 1995. Tive a frustração de está num Maracanã lotado e ver o time ser vice da Super Copa, também em 1995, time comandado pelo grande Apolinho. Mas com Romário vi o título de 1996 e com ele vibrei com os mais de 200 gols. Com Romário os torcedores do Flamengo retomaram a autoestima. Se foram poucos títulos pouco importa. Não é só de títulos que um clube vive. A torcida também quer alegria de ser invejada por ter o mais genial jogador da década de 90, o melhor que vi jogar em toda a minha vida. Sou mais o baixinho que Messi. Era muito legal ver o Fla jogar no Nordeste, Norte e ter aqueles estádios lotados. Era incrível sonhar com o Fla jogando na minha cidade, Juiz de Fora, com o Romário. Infelizmente em 1995 o Fla jogou lá duas vezes com o São Paulo e o União São João, mas sem ele. Mas nessas ocasiões você Kléber foi super simpático com aquele garoto que ficou o tempo inteiro ao lado do alambrado. Aquele garoto que sonhava em ver de perto os ídolos, pegar um autografo e ao mesmo tempo queria fazer faculdade de jornalismo- sonhava em trabalhar no rádio esportivo, a exemplo do também ídolo que era você. E nessa ocasião, além de você falar comigo da profissão, da uns conselhos, me deixou entrar no vestiário ao fim do jogo. Pude pegar alguns autógrafos, realizar um sonho de conhecer alguns jogadores e também o craque da latinha que havia se tornado presidente do clube. Hoje sou jornalista, não atuando no esporte, mas pude ter essa felicidade de trabalhar com rádio esportivo por um tempo. O que foi uma realização. E você tem parte nisso Kléber. Parte na minha decisão de ser jornalista e de ter, certamente, me tornado ainda mais apaixonado pelo Flamengo. Contratar Romário foi uma alegria tão grande quanto o Hexa. Pet é um ídolo eterno. Mas Romário é o gênio. É o rei. Nem as suas passagens por Fluminense e retorno ao Vasco apagaram nada da bela história que ele construiu no Fla. Obrigado por tudo Romário e Kléber. E como você faz falta no Rádio….
Belo texto Sr. Kleber, vivi esse momento da sua contratação, estava no RJ me tratando de um problema na minha perna direita. Acompanhei tudo, suas palavras, a cidade realmente parou.
Ainda fui brindado em assistir a sua estréia em um maracanã lotado, dia inesquecível para mim. Minha mãe veio de Natal para a minha cirurgia, só que antes teria o grande jogo, o Fla x Flu da estreia, minha mãe sem me falar nada pegou a lista telefônica, viu uma série de números do Flamengo e resolveu ligar e o telefone toca e cai na sala do seu grande amigo e parceiro Sr. Kleber, Dr. Michel Assef, ele atende e muito educado escuta toda história de uma mãe que queria dar ao seu filho, o presente de ver a estréia do maior jogador do mundo naquela data do Flamengo. Ele me convidou para ir no ônibus da diretoria, junto comigo no ônibus estava a família de uma criança que mandou uma carta com R$ 10 para o Sr. para ajudar a pagar o Romário, lembra disso Sr. Kleber ?
Enfim fui ao jogo, sentei na tribuna de honra, cheia de celebridades, estadio lotado, pena que foi 0 x 0, mas a alegria de ver aquela nação cantando : “Olelê, Olala, Romario vem ai, e o bicho vai pegar…”
Na volta ainda tive o prazer de conhecer o Sr. e pedir o autografo, quando o Sr. foi buscar seu carro, estacionado na Gávea, parei seu carro, pedi um autografo, falei que era de Natal e o Sr. falou: “Vamos jogar lá, tem um amistoso agendado”, também estava na antigo estadio Machadão mas esse é outra história.
Obrigado a minha mãe por essa surpresa e obrigado ao Sr. Kleber Leite, por ter a visão de trazer em 1995 o maior jogador do mundo para jogar no Flamengo.
Uma verdadeira aula de marketing esportivo…
Kleber,
Juro!
Após ler o emocionante e belíssimo texto do Andre, me deu vontade de colocar o carro na Rio/Santos, e montar uma barraca na porta do Wrobel!
Com “vista” para as salas do Bandeira de Mello e do Bap…
São histórias emocionantes, apaixonadas, verdadeiras…e desprezadas…
SÃO JUDAS: “Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”
Espero que o autor da frase, não nos cobre royalty…
Como jogador, Romário ! Entretanto, Petkovic foi mais importante no Flamengo, principalmente na épica reação de 2009.
Obrigado pelo elogio, grande Carlos Egon Prates !!
Eu juro pra vocês, me emocionei lembrando dessa época, eu também era apenas um adolescente apaixonado por esse clube, eu amo o Flamengo.