Explicando melhor

(Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)

(Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)

Queridos amigos. Este filme que está passando agora, quando os clubes brigam com a Federação do Rio, para mim nada tem de novo. Não só já presenciei, como participei.

Como presidente, o time do Flamengo, em todos os jogos, entrava em campo exibindo uma enorme faixa onde se lia: “FORA CAIXA D’ÁGUA” (foto). Como presidente, por total discordância com a Federação, o Flamengo abandonou um campeonato carioca. Chega? Ficou claro qual era, à época, o nosso posicionamento político?

Como já vi este filme, posso assegurar que, embora com a melhor das intenções, procurei o caminho errado para encontrar as soluções. Rigorosamente a mesma coisa que está sendo feita agora pelos atuais dirigentes.

Nada tenho contra o presidente Eduardo Bandeira de Mello. Muito pelo contrário, pois o considero um gentleman. Só que os erros cometidos por mim, estão sendo repetidos agora. Lá atrás, ao invés de dialogar com a faca na boca, deveria eu ter tido mais competência política, e ter encontrado as soluções para o meu clube.

O que coloquei no post anterior, é que não adianta se dar murro em ponta de faca. É burrice!

Tenho a noção exata, pois fui insensível e afoito, quando deveria ter sido político e inteligente. Esta guerra só se ganha através do diálogo, da sensibilidade, da inteligência e do molejo…

Houve um comentário, do companheiro ANDRÉ TAVARES, que de certa forma traduz tudo o que tento passar agora para vocês.


“(…) Sou a favor de reduzir as datas e não acabar. Os dirigentes deveriam chamar a dupla Eduardo Rocha (potiguar) e Alex Portela (baiano) para ensinar como se articula uma Liga junto à CBF, foram persistentes, fizeram o caminho inverso, buscaram receita, patrocinadores, TV, união das Federações e depois de tudo pronto foram à CBF, que não teve força para dar a negativa, até vaga da sul americana eles conseguiram.

Acho que os dirigentes da 2ª Liga devem ser firmes também, não podem baixar a cabeça. Falta a eles uma pessoa experiente para fazer esse meio de campo com a CBF (Kleber Leite, Marcos Motta, Michel Assef pai, etc…), com diálogo tudo se resolve, às vezes é melhor dar um passo atrás agora, e na frente resolver tudo. Não vejo na FFERJ, como na LIGA, ninguém querendo dar o passo para trás.

Perde o futebol, perde o torcedor….”

André Tavares


Enfim, é isso aí. Com jeitinho, com muito papo, com carinho, com sensibilidade, com inteligência, com competência e com muita transpiração, a Liga do Nordeste existe e, comanda hoje o principal campeonato regional do país.

Sem briga, sem tiroteio, sem discussão, sem nada… Não será este um exemplo mais do que oportuno?