A inspiração de Julio Cesar e o talento de Vinícius Júnior

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

A despedida de Julio Cesar acabou sendo um espetacular combustível para o emocional do nosso time.

Tenho a obrigação de ser honesto e, em consequência, dizer que temia pela programação elaborada. Ainda bem que o emocional funcionou a favor.

Neste jogo, o de despedida, Julio Cesar apresentou um cardápio completo. Carisma, liderança, defesas importantes e, sorte. Para um goleiro, a perfeição no jogo de despedida.

O jogo estava enrolado e, apesar do domínio, com quase 70% de posse de bola no primeiro tempo, o Flamengo não oferecia perigo, até que, em jogada individual, em que somou talento e persistência, Vinícius Júnior colocou o Ceifador na cara do gol. Na sequência, Ceifador, o rei do pênalti, fez 2 a 0.

Aliás, sobre o sucesso do Ceifador nas cobranças de pênaltis, qualquer goleiro que saia antes, tentando adivinhar o canto, vai dançar, pois a cobrança é feita sempre de olho no goleiro. A única chance para um goleiro pegar um pênalti do Ceifador é esperar a cobrança para ir na bola e, torcer para o toque final do cobrador ser impreciso.

No segundo tempo, o América Mineiro criou as melhores oportunidades de gol, que esbarraram no talento e na sorte do notável Julio Cesar.

Como festa, como dia de glória para um ídolo, tudo perfeito.

Como esperança de dias melhores pelo que se viu hoje, quase nada. Até porque, na quarta-feira que vem, contra o Santa Fé, não haverá o combustível emocional. Júlio César será apenas um torcedor.

E o nosso estagiário, hein? Será que vimos o mesmo jogo? Sacar o Vinícius Júnior deixando o Geovânio? Parei…

CADÊ O TREINADOR?