Sem papo, não tem negócio

Estádio lotado e muita festa na final da Copa do Nordeste 2015. (Foto: LC Moreira/L!Press))

Estádio lotado e muita festa na final da Copa do Nordeste 2015. (Foto: LC Moreira/L!Press))

Todos os amigos deste blog querem discutir esta Liga, comandada pelo ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil, com Flamengo e Fluminense, do Rio, e mais os principais clubes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Bem, primeiro, não vejo nenhum motivo para qualquer um ser contra qualquer liga. Dizem que os presidentes das Federações são contrários a qualquer liga. Bobagem. Qualquer jogo no Paraná terá como organizadora a Federação Paranaense. Qualquer jogo em Porto Alegre, entre, por exemplo, Fluminense e Grêmio, terá como organizadora a Federação Gaúcha. Não haverá, para qualquer Federação, qualquer perda política e muito menos financeira, já que, abrir mão de algumas datas dos campeonatos estaduais, quase todos deficitários, para que grandes clássicos regionais ocupem este espaço, me parece mais do que óbvio que é muito bom.

O exemplo, está no Nordeste, onde a Liga do Nordeste e as Federações são responsáveis por uma das melhores competições do calendário brasileiro. O que está faltando, e que sobrou para a criação da Liga do Nordeste e, consequentemente a Copa do Nordeste, é a boa política. O que falta é entendimento. A liderança que se observa, é muito mais para a polêmica do que, como deveria ser, para o sentido prático da coisa.

Acho que o presidente da CBF deveria trabalhar em conjunto com os presidentes das Federações e, introduzir de forma definitiva os campeonatos regionais. Os que já existem, como a Copa do Nordeste e a Copa Verde, e criando, pra começar, a Copa Sul/ Minas e o Rio/São Paulo.

O calendário ganhará em qualidade, pois os jogos serão muito melhores, e os clubes trocarão alguns jogos deficitários dos estaduais, por clássicos memoráveis e, claro, com descomunal ganho financeiro. Como em cada estado, a organizadora será a Federação local, esta nada perderá politicamente e ainda terá um enorme retorno financeiro.

Infelizmente, está faltando entendimento. E, como todos sabem, “sem papo, não tem negócio”.