Kely Pereira/AGIF

Perdemos dois pontos preciosos

Há quem garanta que os cartões amarelos que tomaram, William Arão e Bruno Henrique, foram programados, isto é, que entenderam que o Ceará era um adversário que poderia ser superado sem a presença de ambos, além de Arrascaeta, poupado.
Se isto ocorreu foi um grande equívoco, pois o Ceará é um time bem arrumado, tão arrumado que no campeonato anterior nos superou no turno e, também, no returno.

Nosso maior problema é ficar sem Arrascaeta, pois quando isto ocorre perdemos quase metade da nossa criatividade.
Como este setor de criação é decisivo, acho que toda vez que não for possível contar com Arrascaeta, Éverton Ribeiro deveria deixar o lado direito e atuar mais centralizado, criando as jogadas.

O empate acabou sendo um resultado justo, pois os dois times perderam muitas oportunidades.
Muito me preocupa a nossa zaga para jogos futuros. Bruno Viana demonstra fragilidade quando é apertado. Seu companheiro de zaga, Léo Pereira, ao contrário, fez um bom jogo, tendo, inclusive, salvado um gol em cima da linha.
Vitinho foi nosso jogador mais lúcido e o que mais arriscou, sendo premiado com o gol.
No mais, muito esforço, é verdade, mas pouco brilho.

Pelo que a imagem mostrou, está mais do que na cara que Pedro está insatisfeito. Renato, realmente, ante a baixa produção dos nossos atacantes – Vitinho foi a exceção – poderia ter colocado Pedro mais cedo.
Como Renato é do bom papo, acho que deveria cortar o mal pela raiz e acalmar o nosso centroavante.

Agora é torcer pelo Fluminense, pois se o Atlético vencer, mesmo com dois jogos a menos, a distância ficará perigosa, quase desanimadora…
E virar a chave, já que, na quarta-feira teremos nosso primeiro jogo, pela Copa do Brasil, contra o Grêmio, em Porto Alegre.
Com todos os titulares de volta, não há como não acreditar. De qualquer forma, o negócio é levar a sério, pela competição mata-mata e pela tradição do adversário.