Para refletir

O Flamengo é finalista da Copa do Brasil sub 17. O primeiro jogo, em Santos, 1 a 1. Em Nova Iguaçu, com um gramado perfeito, novo empate e, pelo mesmo placar. Nos pênaltis, o Flamengo eliminou o Santos e a final será contra o Fluminense, que superou o Palmeiras (veja o último pênalti e a comemoração da garotada no vídeo acima, publicado na conta oficial do Flamengo no Twitter).

Claro que torci e fiquei feliz com a classificação para a final, porém, um detalhe muito me chamou atenção. Estou impressionado como hoje em dia, até a garotada demonstra um egoísmo preocupante. O Flamengo, mesmo com dez jogadores no segundo tempo, poderia ter vencido e, isto só não ocorreu em função de, em três oportunidades, o “farinha pouca meu pirão primeiro” dominar as cabecinhas dos nossos jogadores.

No desespero de aparecer a qualquer custo, os meninos abriram mão do jogo coletivo e, por pouco, em função disso, não perderam a vaga para a final. Em três oportunidades no segundo tempo, tendo um companheiro completamente livre para fazer o gol, o egoísmo falou mais alto, quase comprometendo o objetivo que era a vitória.

Acho que estas atitudes têm muito a ver com as influências ruins. Não deve faltar quem fique buzinando no ouvido dos meninos que o jogo, o clube, o objetivo, enfim, tudo é segundo plano. O negócio é meter gol, pois este é o caminho mais rápido e eficaz para aparecer.

Que as influências do mal existem, não tenho nenhuma dúvida. O que me preocupa, pelo que vi neste jogo, é que não haja um trabalho no sentido de conscientizar a garotada que o futebol é um esporte coletivo, onde o egoísmo não cabe, pois pode contaminar e comprometer o resultado. Tomara que os dirigentes e comissão técnica tenham notado esta aberração e que hajam rápido.

Neste jogo, um lance curioso que eu estava doido para ver. Na cobrança de pênaltis, o jogador do Santos fez a cavadinha e, bem-feita. Só que o goleiro do Flamengo não escolheu nenhum canto para pular. Parado ficou e, com extrema facilidade, fez a defesa. O santista ficou com cara de bobo. Certamente para ele, cavadinha, nunca mais…

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