Franklin Jacome

Os nossos problemas

Vamos começar pelo campo?

A camisa 1 faz parte desta lista. Não que Santos não tenha sido um bom reforço, porém, como confiança é quase tudo no futebol, e pelo que temos visto nos últimos jogos, a preocupação existe. Mergulhando mais profundamente, há quem comente que a contratação do goleiro do Boca, que só chegará no meio do ano, pode ter influência neste momento de instabilidade. Fato é que, no momento, nosso goleiro apresenta insegurança e o reforço só chega em julho.

Vocês podem até achar graça, mas perdemos um item importante, fundamental mesmo, com a saída de Rodinei, além claro, da grave contusão de Bruno Henrique. Velocidade é item fundamental no futebol moderno. Ficamos sem…

Zaga confusa. Léo Pereira voltando de contusão. David Luiz, mais um aniversário.
Rodrigo Caio, que joga muito, enorme incógnita. Como incógnitas para assumir titularidade, são todos os outros zagueiros.

Na lateral esquerda fica a dúvida se Filipe Luiz voltará como antes. Tenho o sentimento de que, daqui para frente, estará apenas em jogos pontuais. Sorte nossa que seu reserva, agora praticamente titular, é bom jogador.

No meio campo, é mais do que óbvio que João Gomes era, no “quesito” desarme, nossa única muito boa opção. Os dois chilenos – e todos os outros brasileiros – somados, como primeiro volante, não dão meio João Gomes.
Pode passar desapercebido, mas fica a certeza de que esta carência na marcação e no desarme acaba interferindo na qualidade do futebol de Gerson, que fica com menos tempo para criar. Lembrando que embora ajude no combate, Everton Ribeiro está um ano mais velho, e Arrascaeta, que tem mil virtudes na criação, não ajuda muito quando não estamos com a bola.

Chegamos aos dois matadores, Pedro e Gabigol, que mesmo sem a ajuda de um velocista que chegue no fundo com facilidade, estão se virando e colocando a bola para dentro. O problema é até quando…
Com Rodinei  e Bruno Henrique, havia a alternância das jogadas de toque pelo meio, com os lances em velocidade, pelas pontas. Agora, somos samba de uma nota só. E os adversários já perceberam…

Saindo do campo de jogo, muito me preocupa o preparo inadequado que tivemos, em função do exagerado período de férias, além improviso na preparação, em tentativa de colocar o time tinindo para o mundial, um mês após o retorno das férias. Não há como não imaginar que este fato possa interferir negativamente na longa jornada que vem pela frente.

Finalmente, chegamos no treinador. Se Vitor Pereira é bom, não tenho opinião formada. Até porque, ante tudo que aqui foi colocado, seria enorme incoerência fazer este tipo de avaliação.
Não posso deixar apenas de dizer que nosso treinador me parece triste e que esta tristeza pode estar contagiando, inclusive, a nós torcedores.

Não estou nem um pouco preocupado com o jogo de terça-feira por dois motivos. Primeiro, pelo fato absurdo de se colocar em jogo algo que já foi decidido. O Flamengo já é o campeão da América, pois foi o campeão da Libertadores, a primeira divisão do futebol continental. Vamos jogar contra o campeão da segunda divisão continental, o Del Valle. Meio fora de propósito, não?
Ademais, jogo todas as minhas fichas em goleada na terça-feira. Nós temos problemas solucionáveis. Os dos equatorianos, infinitamente maiores, pois o time é muito fraco.
O que me preocupa, e angustia, é resolver tudo a tempo de começar Brasileiro e Libertadores com a confiança de sempre.