(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

De bom, a estreia de Bruno Henrique

Vamos começar pelo lado bom. Jogador para emplacar e, em especial no Flamengo, tem que saber jogar, cair nas graças da torcida e ter sorte.

O “cair nas graças da torcida” tem a ver com a característica do jogador. No nosso caso e, claro, há exceções, a dinâmica de jogo é decisiva. O torcedor do Flamengo adora o jogador participativo e, se além disso, é bom de bola, decisivo e tem sorte, é o céu. Contra o Botafogo, Bruno Henrique foi tudo isso.

Vou invadir uma área em que não sou especialista, mas vou ousar arriscar. O temperamento também ajuda muito. Neste ponto, Bruno Henrique é o oposto de Vitinho. Um é extrovertido, abusado. O outro, embora também bom de bola, é tímido, o que em muitas oportunidades, como neste jogo, interfere no seu rendimento. De qualquer forma, fica a certeza de que o lado esquerdo do campo está muito bem preenchido.

No gol do Botafogo, ficou escancarado como o nosso sistema defensivo está ainda desarrumado. Se Rodolpho estivesse atento e colado no jogador do Botafogo que fez o desvio, o gol não sairia. Se estivesse atrás do jogador do Botafogo, o desvio bateria nele. Se estivesse na frente, sequer o jogador do Botafogo teria tocado na bola. Como estava do lado, dançamos…

Novamente muito ruim a participação de Uribe. Com ele em campo fica a sensação de que estamos jogando com dez. Neste caso, a quantidade está longe da qualidade. Juntando Uribe e Ceifador, não sai meio centroavante. Tomara que Abel coloque Gabigol o quanto antes e, vida que segue…

Diego, no primeiro tempo jogou tocando a bola sem a menor objetividade. No segundo, melhorou demais. Posso estar enganado, mas em alguns jogos vamos ver Diego e Arrascaeta, juntos. Neste caso, sem Arão, com Diego jogando ao lado de Cuellar, como volante.

Sou confesso admirador de Éverton Ribeiro, mas neste clássico, ficou devendo. Cuellar, da mesma forma. Também jogou abaixo do que dele se pode esperar. Nossos laterais tímidos, com Pará um pouco mais ativo do que Renê.

No Botafogo, me chamou a atenção o jogador mais jovem. Leva muito jeito o lateral esquerdo Jonathan.

Para encerrar: Por que o clássico no sábado, com o domingo dando sopa? Gênios…

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