(Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Rio/São Paulo

Cinco da tarde de domingo, horário perverso em função do horário de verão, no Rio, Maracanã, Fluminense x Portuguesa e, em São Paulo, Santos x São Paulo, no Pacaembu.

No post anterior, fiz questão de registrar a burrice em se programar o clássico entre Flamengo e Botafogo para sábado e repito aqui esta barbaridade. Otávio Pinto Guimarães, de piteira em punho, deve ter dado cambalhotas de irritação no céu, ante tanta falta de sensibilidade.

Vi o início do jogo do Fluminense na Globo e depois fui de vez para o canal 721 que exibia o clássico paulista.

No Maracanã, nosso Júnior, comentando o jogo, pedia paciência ao torcedor com o técnico Fernando Diniz, que gosta do seu time criativo, insinuante e permanecendo com a bola o maior tempo possível.

Até entendo o ponto de vista do treinador, só que, para transformar em realidade o que tem ele na cabeça, o material humano em campo é decisivo. E, com este elenco do Fluminense, este casamento é impossível… A cabeça do treinador jamais será assimilada pelos jogadores, pois o limite de competência torna isto impossível.

Vale a reflexão: não seria melhor, ante tanta limitação técnica, partir para uma estratégia tática mais realista, mais adequada a um time sem talento?

Sempre achei que treinador de clube não deve ter uma preferência tática, e sim, em função do material humano que disponha, encontrar a melhor solução. Isto é a soma de bom senso e pragmatismo.

Em São Paulo, o Santos infinitamente superior. Maior posse de bola e 2 a 0 no placar. Vanderlei, o goleiro, depois de tanta polêmica, jogou – e bem – com os pés.

Pelo jogo que vi, ainda bem que Pablo não veio para o Flamengo. Meu amigo Mário Celso Petraglia é um gênio. Conseguiu um caminhão de dinheiro por um jogador comum.

Sampaoli caiu nas graças da torcida santista. Pelo jogo que vi, sem dúvida, há o claro dedo do treinador.

E por falar em treinador, tomara que o nosso consiga, inspirado no Velho Lobo na Copa de 70, colocar sempre em campo os melhores jogadores.

A qualidade técnica anda tão baixa que, hoje em dia, desperdiçar talento é crime inafiançável…