Dor e revolta

Quero e preciso dividir com vocês o meu sentimento de perda, dor e revolta, após a triste notícia do falecimento do querido amigo, e grande companheiro de rádio, Paulo Stein.

Cada amigo querido que se vai é como se estivéssemos perdendo um pedaço de nós mesmos e, não adianta saber que este é o script da vida, onde todo fim de filme é triste. O ser humano, mesmo sabedor deste desfecho inexorável, jamais irá se conformar.

Ficam as lembranças. Estas serão eternas enquanto por aqui estivermos. Paulo Stein foi muito mais do que um companheiro de rádio, onde estivemos juntos na Rádio Tupi. Da camaradagem surgiu a amizade, e dela, o convívio familiar. A mais alegre e feliz jornada foi em Marataízes, onde fomos recebidos pela família de Viviane, mulher de Paulo.

Houve um dia mágico, que começou com um showzaço de Jorge – ainda – Ben, seguido de uma caranguejada na casa de Viviane. Depois de muitas “papinhas”, Jorge Ben descobriu que os inúmeros caranguejos, ainda vivos, estavam trancados em um depósito muito próximo onde todos estavam. Prevaleceu o espírito da sacanagem. A porta foi destrancada e um mundo de caranguejos invadiu o recinto, com todas as mulheres fugindo aos berros ou subindo em cima de mesas e cadeiras.

Dia de muitas risadas, de muitas papinhas, de muita alegria, de muito amor. Dia inesquecível.

Paulo se foi aos 73 anos. Dor pela perda do amigo, pela forma como se deu e revolta em ver pela TV imagens de seres humanos irresponsáveis, egoístas e imbecis, que não tem respeito nem compaixão pela vida das outras pessoas. Debilóides, idiotas, que se amontoam nos bailes da vida, comemorando a desgraça alheia, que na certa virá, e com isso não estão eles nem aí…

Cambada de criminosos!!!

Uma alma tão doce, quase pura, certamente está tendo acolhida com o que possa haver de melhor nesta passagem.

Lá se foi mais um pedaço de mim.

Descanse em Paz, querido Paulota.