A derrota seria injusta

Não faltou emoção e, apesar do resultado não ter sido bom, a verdade é que ninguém pode reclamar que o time não tenha lutado.

O Palmeiras, mesmo desfalcado, jogou com o regulamento debaixo do braço, em noite de rara inspiração de Felipe Melo, o craque do jogo. Logo atrás dele, Dudu, que deu uma mão de obra monumental para a nossa defesa.

O lance do gol do Palmeiras mostrou Pará desatento. Se estivesse mais ligado, teria cortado o lançamento para Dudu.  Éverton Ribeiro, hoje, pouco inspirado e, como ele, Paquetá – embora mais perigoso.

Na sequência de quem não foi bem, pra variar, Uribe. Total nulidade. Bem no jogo, enquanto esteve inteiro, foi Vitinho. Rápido, criativo e agudo. Fez uma bela partida.

Dorival Júnior, a meu conceito, acertou em colocar Diego e errou sacando Arão que, além de estar bem, poderia ser uma boa opção ofensiva para a tentativa de reação. Melhor seria ter sacado Pará, indo Arão para o lado direito ou, simplesmente, tirar Uribe e adiantar Paquetá.

E que gol perdeu Paquetá, hein? Poderia ter feito Marlos Moreno o herói do jogo, já que – finalmente – fez um gol, além do passe espetacular para Paquetá. Na hora, tive a sensação de que o péssimo gramado do Maracanã tirou o gol de Paquetá. Impossível conciliar show musical com futebol de boa qualidade.

O campeonato, se o Palmeiras vencesse, teria acabado. Com o empate, o Flamengo, mesmo na UTI, ainda respira. A derrota, hoje, seria injusta.