Inteligência para sobreviver

(Reprodução da internet)

Com certeza absoluta, cada um de nós, rubro-negros de verdade, têm uma quantidade significativa das mais variadas queixas possíveis sobre o desempenho do nosso futebol neste ano de 2017. Quantos e quantos companheiros aqui comentaram que não aguentavam mais e, que jogariam a toalha?

Pois é, aí está o ponto mais importante, e sobre isso quero me dirigir a cada um de vocês. A paixão pelo clube que realmente se ama é incondicional e independe de resultados positivos. Pela grandeza do Flamengo, que para os adversários é um dragão, com ou sem time de respeito, várias conquistas históricas foram registradas com elencos que o torcedor torcia o nariz. A camisa sempre pesou e continuará pesando. Nelson Rodrigues, o mais rubro-negro de todos os tricolores, uma vez afirmou que o “Manto Sagrado” era tão forte que, com ele, onze cabos de vassoura seriam capazes de ganhar um jogo.

Vamos a uma avaliação do nosso momento. Há um consenso, no sentido de que pelo dinheiro investido os resultados deveriam ser melhores. Há sentido nesta colocação? Sim. Houve falhas na concepção do elenco? Sim. Mesmo assim, temos chances de terminar o ano comemorando e sorrindo? Sim.

Então companheiros, como tenho fé e acredito em corrente positiva e, temo e abomino corrente negativa, a hora, o momento, não é de espernear, e sim, de acreditar. Até porque, mesmo sem um custo benefício justo, entre o que o clube gastou e os resultados até aqui alcançados, convenhamos que, até pelo fato do futebol estar muito nivelado, podemos jogar de igual para igual e, na maioria esmagadora das vezes, até com vantagem técnica, contra qualquer clube do nosso continente.

Claro que temos problemas. E, quando não tivemos? Nem por isso deixamos de ganhar muito, e de conquistas títulos a dar com pau. A minha experiência como dirigente garante que, no futebol, tudo é possível. Já participei de conquistas memoráveis, com times razoáveis e com salários em atraso, como já participei da elaboração de um elenco em 98 – e como foi difícil construir aquele time – que era uma verdadeira seleção que, infelizmente, se transformou em enorme frustração. E, com os salários rigorosamente em dia.

Não estou aqui como advogado de defesa de ninguém. Apenas tentando lembrar aos meus queridos companheiros e amigos rubro-negros que futebol não é tão simples assim e, o mais importante, para dizer que jogar a toalha jamais, principalmente quando há uma esperança viva de concluirmos a temporada razoavelmente felizes, e com a garantia de um ano novo promissor.

Para isso, o pensamento positivo é mais do que importante. Isso aqui é Flamengo que, na realidade, é a materialização de almas comprometidas e loucamente apaixonadas. Não vamos perder a esperança.

Como torcer junto ajuda, vou tentar reunir na quinta-feira grandes rubro-negros que fazem parte da história vitoriosa do clube, para um sopro de bons fluidos, mesmo à distância…

Seja lá quem for o goleiro, vamos juntos, acreditando! Seja lá o time que vier a ser escalado, vamos torcer! Eu mesmo, vou colocar de lado os desacordos que tenho com senhor Rueda, até porque nosso recado já foi dado. Agora, nos compete torcer e, muito.

E, seja o que São Judas quiser…