Gilvan de Souza / Flamengo

Seis por meia dúzia?

Esquecendo o lado financeiro, ao olhar do torcedor, o Flamengo trocou Michael por Marinho.
Antes de uma análise mais profunda, faço questão de contar uma passagem que poucos têm conhecimento. Havia um jogador no Flamengo que, em fase exuberante, foi negociado a “toque de caixa”…
Explicação: estava este jogador ameaçado de morte pelo chefão do tráfico. Acabou se envolvendo com a mulher errada. Sua negociação foi, na realidade, a única saída para que o lépido atacante continuasse vivo.

Conto este caso para levantar a hipótese de que possa haver uma explicação não divulgada para a venda de Michael, pois não dá para se entender com clareza a facilidade com que o melhor jogador do Flamengo na temporada passada, foi negociado por uns tostões a mais do que foi comprado.

Voltando às quatro linhas. Michael era o décimo segundo jogador do nosso time. Marinho chega na mesma condição.
Michael se destacava jogando pelo lado esquerdo. Marinho sempre se destacou jogando pelo lado direito.
Michael tinha característica parecida com a de Bruno Henrique, atacante titular na faixa esquerda de campo.
Marinho será a alternativa para Éverton Ribeiro. Só que as características são completamente diferentes. Marinho é agudo. Éverton Ribeiro é um “faz tudo”, que compõe o meio, é garçom e atacante.

A meu conceito, se Bruno Henrique recuperar a forma, produzir mais do que no ano passado, Michael não fará tanta falta.
Marinho, a quem considero – não é de hoje – um baita atacante, poderá ser muito útil, desde que, nosso treinador consiga ajeitar o time, sem Éverton Ribeiro.

Em síntese, só o tempo poderá dizer se trocamos seis por meia dúzia, se fizemos uma boa troca ou, não.