Javier Soriano / AFP

Do Real ao Flamengo

A conquista do Real Madrid, ganhando a Champions, traz a primeira verdade: camisa ganha jogo.
Não que o Liverpool não tenha camisa. Claro que também tem – e até um time melhor – só que a camisa do Real é mais pesada.
Estes pensamentos me remetem ao Flamengo. Temos uma camisa pesadíssima, uma torcida incomparável e um elenco que nada deve a nenhum clube do nosso continente.
Após esta linha de raciocínio, não parece um absurdo nossa campanha neste ano?
Se a camisa é pesada, se a torcida é espetacular, se o elenco é muito bom, se o clube cumpre todas as suas obrigações com seus profissionais do futebol, será tão difícil entender qual seja o nosso problema?

A bem da verdade, já temos o segundo problema, qual seja a dificuldade de nossa diretoria em ignorar o que nos está matando.
Errar na ação faz parte. Errar por omissão é imperdoável.

E vamos para o Fla-Flu, em que o mistério maior fica por conta de quem será nosso goleiro. Como entendo que confiança seja quase tudo no futebol, seria incoerente em não defender a tese de que Hugo seja barrado. Melhor um jogador sem experiência, porém confiante, do que um que tenha um pouco mais de rodagem, sem nenhuma confiança.

No mais, com todo respeito ao Fluminense, só uma junção de muita invenção, falta de vergonha e falta de sorte, imaginar para nós rubro-negros um final de domingo que não seja feliz.