Ambiente quente

Pará conversa com Zé Ricardo após o gol do Santos (Reprodução da TV)

Querem saber? Isto é até bom, pois uma chacoalhada de vez em quando muda a rotina e desperta quem “anda viajando”…

A notícia que vazou, dando conta de que, na corrente que ocorreu no vestiário, após o jogo contra o Santos, houve um pega verbal entre o diretor Rodrigo Caetano e o zagueiro Rafael Vaz. A meu conceito, e por experiência própria, é um sintoma claro de que a chama está acesa, que estamos diante de um grupo que tem objetivos.

Já havia comentado em um POST anterior que, internamente, vale tudo, inclusive este tipo de bate-boca, com o diretor cobrando e o jogador se justificando. Isto é transparência, isto faz parte do processo e demonstra, por incrível que pareça, um grupo determinado e unido.

O que não é aceitável é tornar público um descontentamento com um companheiro, seja por que motivo for. E isto ocorreu durante o jogo, quando dois ou três jogadores, segundo relato do repórter Eric Faria, se dirigiram ao treinador Zé Ricardo, reclamando da jogada de Rafael Vaz que redundou no gol do Santos. Isto é inadmissível num grupo que pretende chegar a algum lugar. Entre quatro paredes vale tudo, “inclusive tudo!!!”. Ali dentro do vestiário, santuário do futebol, é que as coisas têm que ser resolvidas. Jamais em público.

Parabéns ao Rodrigo Caetano pelo puxão de orelha, na hora certa e no local apropriado. Meus pêsames aos jogadores cujos dedos duros comprometeram a tão importante união do grupo. E, tomara que esta atitude não deixe marcas profundas.

Por falar em Eric Faria, ridícula a posição do Santos, deixando transparecer que houve um diálogo entre o repórter e o quarto árbitro, que acabou influenciando na decisão final de Vuaden em voltar atrás, anulando o pênalti marcado. Eric é um dos mais sérios e competentes profissionais com quem convivi. Fica aqui, a minha solidariedade ao correto e competentíssimo profissional.

Não sei o que Zé Ricardo vai fazer com respeito à escalação do time. Espero que tenha entendido a lição de que até ele deve se proteger. Diego Alves, se estrear, no gol – caso contrário, Thiago – e Juan, na zaga, é fazer o feijão com arroz.

Arriscar, pra que?