Rueda e Tio Conca…

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

E só dá o homem… Papo pra cá, papo pra lá e o assunto é o novo técnico do Flamengo, que em quatro jogos não viu seu time sofrer um único golzinho. Há quem defenda, há quem esteja, ainda, com as barbas de molho, mas indiscutivelmente o IBOPE do colombiano, tanto na mídia, como na galera, é de se tirar o chapéu.

Alguns comentaristas afirmam que já é visível o dedo do técnico e, quando apresentam este argumento, citam os quatro jogos sem tomar gol. Os menos entusiasmados acham que ainda é cedo para uma avaliação realista e, citam (particularmente não concordo) que os adversários foram fracos.

Hoje, no belo programa Redação SporTV, comandado por André Rizek, alguém comentou que Berrío só arriscou aquela genial jogada contra o Botafogo, e ontem, outra muito parecida, pelo fato de estar com confiança e, quem transmitiu a ele este elemento decisivo no futebol foi exatamente Reinaldo Rueda. Pode até ser, mas não é bom esquecer que no jogo contra o Botafogo, em meio à realização da linda jogada que redundou no gol do Flamengo, a plaquinha para a substituição de Berrío já havia sido levantada. E aí indago: Um jogador que sabe que vai ser substituído em segundos, está confiante?

O que ninguém pode negar é que este Rueda, independentemente de ser maravilhoso, ótimo, bom ou mais ou menos, chegou com os pezinhos devidamente aquecidos. E, isto é muito bom. Há quem discorde e, respeito, mas sorte é fundamental no futebol, principalmente nos jogos equilibrados.

A polêmica gerada ontem pela declaração de Rueda, de que provavelmente Éverton Ribeiro e Diego não deverão jogar juntos, ganhou corpo hoje e, entre rubro-negros foi o assunto mais comentado. Pude ver e ouvir a declaração de Rueda e a classifico como precipitada. Com isto, não dou, nem tiro a razão do treinador. Apenas tenho a sensação clara de que o tempo em que está comandando o time, seja insuficiente para conclusão tão importante.

E, bom não esquecer que Éverton Ribeiro foi o maior investimento feito até agora, juntando-se pagamento pela libração e o que o jogador ganha. Não bastasse isso, mexe muito com o sentimento do torcedor que ainda vê em Éverton Ribeiro o lampejo de talento capaz de definir uma partida. Pessoalmente, acho Diego mais organizador de jogo, mais cerebral. Éverton Ribeiro tem a centelha do talento. É mais rápido e mais agudo. Juro que não vejo nos dois características semelhantes, o que impossibilitaria escalação de ambos no mesmo time. Este tema promete…

E, com sensibilidade, Reinaldo Rueda vai mandar para Cariacica, para o tal jogo da “Primeira Liga” – que de primeira nada tem em ser pioneira, ou na qualidade dos participantes – um time de garotos e para compensar tanta juventude, Tio Conca que deve estar doido para começar um jogo. Aliás, a simples presença de Conca é o melhor motivo para ficarmos ligados na telinha…