O preço da teimosia

Flamengo 0 x 0 Vasco (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Minha avó Corina sempre repetiu pra mim o que ela ouviu da avó: “Errar, é humano. Persistir no erro, é burrice”.

Quem viu o Fla-Flu, e tem uma mínima noção de futebol, concluiu que o Flamengo jogou com 10 jogadores em função da esdrúxula atuação de Paquetá, escalado para ocupar o lugar de Guerrero.

O que o Fla-Flu sinalizou? Simples. Que houve um erro de avaliação, pois não havia a sintonia fina entre as características do jogador e a posição em que foi escalado.

Rueda ignorou a sinalização do Fla-Flu e, errou de novo escalando Paquetá como centroavante. Errar, entendemos. Continuar errando e, no Flamengo, é insuportável aturar.

E não vale o argumento de que Vizeu não é bom jogador ou, não atravessa boa fase. Da mesma forma que, Vinícius Júnior ali, também seria uma improvisação. Mas caramba, seria uma tentativa mais pertinente, pois Vinícius é um atacante. Até o Rafael Vaz de centroavante poderia se aturar a “invenção”. Agora, colocar em campo o que se sabe que não vai dar certo, é demais…

E, não esquecer que jogamos contra um time limitadíssimo tecnicamente, embora, agora com Zé Ricardo, muito bem arrumado.

Voltando ao tema anterior. Jogando vinte minutos, Vinícius Júnior deu um gol feito para Vizeu e, em jogada individual, foi derrubado na entrada da área. Infelizmente, Diego bateu mal.

Por falar em Diego, o nosso ponta de lança está jogando muito longe da área. Não joga como um ponta de lança, como deveria, e sim como um armador.

Nosso goleiro, além de muito bom, tem sorte. Laterais, nota 5. Zaga de área, perfeita. Arão, melhor do que Márcio Araújo. Diego e Éverton Ribeiro, discretos. Éverton, só a disposição de sempre. Paquetá – ou melhor, Rueda que o escalou – difícil de aturar. Vizeu perdeu gol feito, e Vinícius Júnior deixou claro que, pelo raro talento nos dias de hoje, tem que jogar.

No próximo final de semana o Flamengo vai a Porto Alegre jogar contra o Grêmio. O Vasco recebe o Vitória da Bahia, no Maracanã.

O perigo continua rondando a nossa área. E a teimosia continua. Até quando?