Domingo santo

(Foto: Staff Images / Flamengo)

A vitória de qualquer time começa na escalação. Não que eu ache que o time do Flamengo que entrou em campo seja o melhor que possa ser escalado. A lateral esquerda e o comando de ataque são posições que, a meu conceito, carecem de melhores valores.

Além disso, finalmente, Diego deixou de jogar como volante. Liberado, pôde criar mais e, pelo fato de jogar mais próximo à área adversária, voltou a ser um jogador útil.

Paquetá, trocando de função com Diego, teve uma atuação quase perfeita. Como tem muito mais “gás” e mobilidade do que Diego, foi combativo como volante, e criativo como armador. O maior mérito, contudo, foi ter tido o espírito de equipe, abandonando – tomara que, de vez – a individualidade exagerada, que vinha comprometendo suas últimas atuações.

Éverton Ribeiro foi outro que evoluiu demais. A evolução foi dupla. Técnica e taticamente, talvez tenha realizado a sua melhor apresentação com a camisa do Flamengo.

Vinícius Júnior, o torcedor tem que entender, é um jogador agudo e de lances decisivos. Há jogadores assim que não participam tanto, mas são capazes de decidir um jogo, como hoje ocorreu com Vinícius Júnior.

Neste jogo, pode discordar quem quiser, houve uma entrega muito maior por parte de todos. Quando se elogia um plano tático, embutida está a entrega dos jogadores para que tudo funcione.

Neste jogo, quantas e quantas vezes, principalmente no primeiro tempo, vimos todo o time do Flamengo no seu campo defensivo. Isto é entrega.

Pode discordar quem quiser, mas a sacudidela acabou surtindo efeito. Não estou aqui apoiando atos de grosseria, selvageria e estupidez, quando alguns jogadores quase foram agredidos. Refiro-me à clara demonstração de insatisfação, de forma civilizada, demonstrada pela torcida rubro-negra. Funcionou, sim!

Muito bonita a atitude de Diego, indo para os braços da torcida após marcar o gol. Pela primeira vez não fiquei enfurecido pelo cartão amarelo quando um jogador é punido por ir para a torcida ou, tirar a camisa. Hoje, foi justo, pertinente. Tinha tudo a ver. Tomara que este jogo, que vencemos por 3 a 0, tenha sido um divisor de águas.

Que situação melhor do que esta, tem a nossa diretoria, para começar a dar soluções definitivas com relação ao comando da equipe. Que melhor hora pode haver para se contratar, finalmente, um treinador? O momento é tão bom, que o nosso estagiário jamais será contestado como auxiliar.

Uma delicia, depois de tanto tempo, esperar O Globo chegar e ver o Flamengo, na classificação, ser antecedido pelo mágico número 1.

Pensaram que eu fosse esquecer? CADÊ O NOSSO TREINADOR?