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Nilmar: de saída (Foto Genaro Joner)

Nilmar: de saída (Foto Genaro Joner)

A primeira notícia esportiva que leio, é sobre a venda de Nilmar, feita pelo Inter, para o futebol árabe.

Não estou aqui para questionar a necessidade financeira do clube, ou para me aprofundar e procurar saber se o Inter fez um bom negócio. O que me vem à mente é que no fundo, com um campeonato nacional em andamento, quase chegando à sua metade, o torcedor que foi ao estádio e pagou seu ingresso, ou que tenha participado do projeto sócio/torcedor, na esperança de ver o seu time campeão, de repente, toma esta traulitada na sua esperança.

A FIFA, tão meticulosa às vezes, em outras situações – como esta – é absolutamente omissa. Com um campeonato nacional em andamento deveria ser proibida qualquer transação, pois na realidade trata- se de uma “perna de anão” no torcedor. Estelionato, mesmo!

O torcedor do Inter que, desde o início do campeonato, apostando no elenco que a ele foi apresentado, foi pingando seu dinheirinho suado, rodada a rodada e, quase ao final do primeiro turno é informado que um dos seus principais jogadores foi vendido. E o dinheiro gasto pelo torcedor na esperança da conquista do campeonato, quem devolve?

Sim, porque talvez, se soubesse desde o início da competição que o seu time não terminaria, por este motivo, sem jogador tão importante, não teria pingado nos cofres do clube o seu dinheirinho, até porque, torcedor nenhum é masoquista. Se o time está bem, ele vai ao estádio. Caso contrário ele fica em casa, até como forma de protesto. Vejo este episódio como autêntico estelionato, em que a vítima, pra variar, é o torcedor.

E a dona FIFA, nem aí… só preocupada com as “janelas”…