(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Jogada de risco e precedente perigoso

Todos os veículos de comunicação já noticiaram a venda de Cuellar para o futebol árabe.

Vejo esta ação de duas formas. No aspecto técnico, uma perda importante em importantíssimo momento. No aspecto moral – e também, ético – parece brincadeira, mas como é possível o torcedor levar a sério um futebol, onde o seu clube negocia um jogador importante, faltando três jogos para a realização de um sonho que perseguimos desde 1982?

Isto não soa bem, na medida em que fica na cabeça do torcedor a certeza de que seu clube é impotente para dar solução a um problema que poderia ter qualquer tipo de desfecho, menos este, já fartamente anunciado.

Como o problema do Flamengo não é dinheiro, deveria esta diretoria usar este imbróglio como exemplo, jogando duro com Cuellar e sua turma doida por uns trocados, para que no futuro isto não venha a se repetir.

O elogio só é válido, e só faz sentido, quando também há a liberdade da crítica contundente. Cansei de elogiar. Hoje, critico com veemência. Qualquer solução poderia ter sido dada ao tema, menos esta que apequena o clube, ante pressão de mercenários inconsequentes e irresponsáveis e, claro, de diretoria conivente com esta patifaria que agride a instituição e seu torcedor.

Vida que segue. Tomara que com Arão de primeiro volante, e Gérson de segundo, a coisa caminhe. Como torcedores, o que nos compete – e resta – é torcer para que esta nova formação emplaque e, que ganhemos o Brasileiro e a Libertadores.

Contudo, registrado precisa ficar que esta foi uma jogada de alto risco no aspecto técnico e comprometedora para a imagem do clube que, no mínimo, deveria ter punido e não premiado o mercenário colombiano e seus gulosos representantes.