Silva, o Batuta

O Batuta nos deixou, mas eternizado está em todos os corações rubro-negros.

Silva foi meu terceiro ídolo. Pela ordem, até chegar nele, balançaram meu coração Dida e Gérson, nosso Canhota de Ouro.

A contratação de Silva pelo Flamengo, com absoluta certeza, marcou a mim e ao meu querido amigo Francisco Horta. Aprendemos, bem jovens ainda, que era possível sim tirar um jogador genial de um grande clube. Entendemos neste episódio que o timing e a sensibilidade, para os dirigentes, fazem toda diferença no mundo da bola. Inspirados na grande tacada rubro-negra, tirando Silva do Corinthians, Horta arrancou Rivelino do mesmo Corinthians, e eu, Romário do Barcelona. Silva, o Batuta, foi a nossa inspiração.

Que me perdoe nosso Rei Pelé, mas no quesito elegância na matada no peito, Silva foi o número 1. Imbatível!

Obrigado por tantos momentos de alegria e êxtase. Obrigado por ter ajudado a fazer o Flamengo maior.

Lá se vai mais uma de nossas bandeiras. Descanse em paz, querido amigo. Você foi grande!

Para os mais jovens, um dos lindos momentos de Silva, com a camisa 10 do Flamengo. Atuação antológica na goleada de 5 a 1 contra o Cruzeiro, do genial Tostão, além de foto recente com o grande benemérito Vinicius França e seu filho João, futuro presidente do Flamengo.