Foto: Marcelo Cortes / CRF

Cabeça de Rubro-Negro

Tudo bem que temos jogo contra o Atlhetico no domingo, pelo Campeonato Brasileiro, mas o que continua na nossa cabeça é a Libertadores.
Este calendário é tão irracional e desumano que o torcedor bem-sucedido – aquele que tem o seu clube disputando todas as competições e, indo sempre adiante – acaba zonzo, pois entra em parafuso querendo comemorar a classificação para mais uma final de Libertadores, e se depara com a necessidade de virar a chave, pois domingo, pelo Brasileiro, há um jogo importantíssimo.
Confesso que a minha cabeça já está no Uruguai, mesmo sabendo que tenho a obrigação de “mudar de canal”…

Aliás, aos poucos a ficha irá caindo, até porque a final da Libertadores só ocorrerá no dia 27 de novembro. Até lá, temos que manter a chama acesa no Campeonato Brasileiro e, ganhar a Copa do Brasil. Cabeça de torcedor bem-sucedido precisa ser trabalhada, pois o agito é permanente…

Por falar em cabeça, a do Cuca deve andar confusa, e não é para menos, pois não foi o Palmeiras que ganhou a vaga para disputar a final, e sim, o Atlético que perdeu, que teve todas as chances e jogou fora.
Na primeira partida, em que o Palmeiras não deu um chute ao gol, Hulk perdeu um pênalti. No segundo jogo, em BH, com torcida, com o Atlético vencendo por 1 a 0, Vargas perdeu gol feito, cara a cara com o goleiro palmeirense. Ali, seria o fechamento da tampa do caixão.
Em síntese, o Galo fez por onde ser finalista, e até merecia, mas pecou nos segundos decisivos.

Claro que em futebol tudo é possível, fato que, pela imprevisibilidade, o tornou o esporte mais popular do planeta. Mais curto ainda fica o elástico de qualquer favoritismo quando tudo se decide em um jogo, porém, não há como se deixar de concluir que o nosso time é muito mais criativo e agudo. Se jogarmos dez vezes contra o Palmeiras, só valendo vitória, está arriscado a vencermos sete ou oito. O problema está na certeza de que o jogo de Montevideo seja um deles.

Como as torcidas de Flamengo e Palmeiras nunca se deram bem, sugiro que a CONMEBOL comece a montar eficiente esquema de segurança, antes, durante e após o jogo, nas cidades de Montevideo e Punta Del Este.
Depois desta final, com absoluta certeza, afirmo desde já que o Uruguai não será o mesmo…

E tome Libertadores… imaginei virar a chave. Não estou conseguindo…