(Foto: Buda Mendes/Getty Images)

Nada do que foi será do jeito que já foi um dia

Este trecho da obra prima do meu genial querido amigo Lulu, e de seu perfeito e também genial parceiro Nelson Motta, me veio à cabeça após ler o comentário do rubro-negro de carteirinha, Fernando Versiani.

No último post, falei da importância de Éverton Ribeiro para o nosso time, da sua extraordinária fase e, ao final, mandei um recado para Tite em apenas duas palavras: “amarelinha nele!”

Sou de uma época em que cada convocação para uma Seleção Brasileira mexia com toda a torcida do país, em que a paixão pelos clubes falava mais alto e, o máximo do máximo era quando um jogador do seu clube era convocado.

Lembro perfeitamente da minha enorme, colossal alegria quando da primeira convocação de Gérson, o “Canhotinha de ouro”, então jogador do Flamengo, para a Seleção Brasileira. O sentimento, além da enorme alegria, era de orgulho. De certa forma, este tipo de convocação era  como transportar o seu clube para a Seleção Brasileira. Em síntese, para qualquer torcedor, ter um jogador do seu clube, vestindo a amarelinha, era sublime.

O tempo passou, a minha emoção não mudou. O mundo, sim! A prova disso: o comentário do meu amigo Fernando que, reproduzo agora:

“Oi Kleber, acabo de ler o blog. Por favor, Esquece essa tese de amarelinha no Éverton Ribeiro. Ele não faria nenhuma diferença na Seleção e fará muita falta pra nós. Já parou pra pensar que, em toda data FiFa, poderíamos ficar sem ele, Arrascaeta e Cuellar? Pensa nisso. bj”

Não tiro a razão do Fernando. O seu comentário, dentro de um prisma rubro-negro, é pertinente, embora bata de frente com uma das minhas maiores alegrias, qual seja, a de ver um jogador do Flamengo na Seleção.

Como “nada do que foi será do jeito que já foi um dia”, espero que num futuro breve, como já acontece agora em qualquer país civilizado, toda vez que a Seleção Brasileira jogar, nossos campeonatos sejam paralisados. Aí, ao invés de ficar preocupado, como ficou o Fernando ante a possibilidade de convocação de Éverton Ribeiro, o torcedor terá retomada uma de suas maiores alegrias, qual seja, tatuar a sagrada amarelinha com as cores da sua paixão.

Outro dia, na sede da CBF, ouvi que isto acontecerá em breve. Será um gol de placa!!!

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