(Foto: Reprodução Instagram)

O exemplo

As fotos de Diego Ribas e sua mulher curtindo o sol da Barra da Tijuca, em meio a pedaladas e sem máscaras, invadiram as redes sociais e, em questão de minutos os comentários começaram a surgir, em sua grande maioria, criticando a falta de responsabilidade do casal.

Quem acompanha o noticiário esportivo sabe do excelente nível do jogador do Flamengo e, não deve ter causado surpresa a reação de Diego, desculpando-se de maneira imediata.

Há várias formas de se avaliar este episódio, sendo que,  a primeira, é entender que há um limite para tudo na vida, o que nos leva a concluir que, após dois meses e meio de reclusão, um jovem casal tenha “chutado o pau da barraca”, contrariando o que é determinado pelas autoridades e, pelo próprio clube.

E que não se atribua tal atitude ao fato de serem jovens. Ontem mesmo ouvi de um querido amigo que já não suportava mais a clausura e que estava indo para um encontro com sua patota e, sem máscara. Claro que o aconselhei a não cometer tal deslize, até porque, embora não esteja no grupo de risco pela idade, muitos “garotões” de quarenta e cinco, cinquenta anos, já sucumbiram ao vírus maldito. Terminamos o papo com ele não abrindo mão de estar com os amigos, mas usando máscara.

Este caso do Diego, somando-se ao que se observa no dia a dia, dá para se concluir que talvez estejamos entrando em momento perigoso, em que o emocional – abalado – derrota o bom senso. Portanto, muita atenção nesta hora.

Da minha varanda vejo um mundo de gente se esbarrando na Lagoa, como se o vírus não existisse. Não faz muito tempo, cheguei a contar que, no máximo duas pessoas caminhavam, corriam ou andavam de bicicleta, a cada minuto. Hoje, parece formigueiro…

Portanto, aos seres comuns como nós, sugiro cautela e inteligência, apesar de entender a agonia do confinamento.

Aos que são figuras públicas e, principalmente, aos idolatrados, como Diego, entender que suas atitudes poderão conduzir muita gente para um determinado tipo de caminho que, neste caso, pode ser perigoso.

Como dizia minha avó Corina, “exemplo é tudo.”