📸Alexandre Durão

Dois pontos na conta do oba-oba

Flamengo 1 x 1 Grêmio

Futebol não é vôlei, nem basquete. Neste terreno, nada é previsível. Como dizia Mário Vianna: “só duas aves morrem de véspera: o peru… e o porco!!!”
O Grêmio não morreu de véspera, até porque, no futebol, isto não existe.

Parecia que estava adivinhando. Quando me perguntaram qual seria o placar, disse que meio a zero estaria de bom tamanho. Raciocinei distante de quem esteve no Maraca pensando em goleada. Por incrível que pareça, o placar pouco comum diante do Vitória acabou criando uma expectativa equivocada. O time do Grêmio é fraco, mas a camisa tem peso. Além disso, Mano Menezes teve a humildade que Carille não teve. O Grêmio soube reconhecer o seu limite de competência. Jogou humilde e contou com a colaboração de uma tarde pouco inspirada do Flamengo.

Curioso que nosso maior problema foi bem resolvido. A ausência de Jorginho foi bem administrada por De la Cruz. Nosso problema esteve na individualidade: do meio para frente, além de De la Cruz, somente Arrascaeta jogou na normalidade.

Ataque apagadíssimo. Parece que a convocação fez mal a Samuel Lino. Não criou nada, em jogo fundamental para as jogadas individuais. Ferrolho, desde Garrincha, só se quebra desta forma.
Plata, na mesma toada.
Pedro, até como pivô, esteve sem inspiração.

Para finalizar: a entrada de Everton Araújo foi a sinalização de que o Flamengo queria segurar o um a zero. O Grêmio entendeu a mensagem e se deu bem.

Ia esquecendo: este negócio de show no intervalo é uma ideia que estimo não volte a ser repetida. O som que fica é o de oba-oba. Tremendo gol contra.
Tomara que tenha servido de lição.

Vida que segue…