Salve a Mangueira!!!

Ainda garoto, em um jogo do Flamengo no Maracanã, fiquei fascinado com um mini desfile da Mangueira. O jogo era comemorativo e, Bira, rubro-negro alucinado, à época relações públicas da verde e rosa, conseguiu juntar corações rubro-negros e mangueirenses, em um só. Fui fisgado pela emoção, pelo samba, pelas cores e, com certeza, por algo mágico que passa ao largo do nosso conhecimento.

A partir daquele dia, além do vermelho e preto, meu coração se entregou para o verde e o rosa. Virei assíduo frequentador da antiga quadra da Mangueira. O tempo passou e, já trabalhando como repórter, tive em Loureiro Neto, meu companheiro de latinha na Rádio Globo, e Araquem Alves Nogueira, meu companheiro do departamento comercial da Rádio Tupi, os fiéis escudeiros no amor profundo e na entrega à nossa Verde e Rosa.

No Flamengo, encontrei Getúlio Brasil, outro alucinado mangueirense e, juntos, comemoramos muitos títulos, dando voltas olímpicas nos gramados da vida e, cantando e tomando muitas, na quadra da Mangueira.

Enfim, precisava dizer o quanto estou feliz. A Mangueira mexe muito comigo. Paixão que começou pelo Flamengo, em pleno Maracanã.

PARABÉNS A TODOS OS MANGUEIRENSE, RUBRO NEGROS OU, NÃO!!!

Vamos ao Flamengo. O time para o jogo contra o Vasco será alternativo. E, Abel tem toda razão em assim agir. Afinal, é um risco calculado. Temos trinta e cacetada de títulos no Carioca e apenas um na Libertadores. A decisão é óbvia.

E, independente da classificação para as oitavas, é muito importante somar o maior número de pontos nesta fase, pois, a partir do mata-mata, o mando de campo do segundo jogo será definido pelo maior número de pontos obtido nesta fase de grupos.

Claro que a final em jogo único – ideia absurda da CONMEBOL, que será disputada em Santiago – não conta.

Dizem os europeus e os americanos que nós sul-americanos somos macacos de imitação. E, infelizmente, eles têm total razão.

Queremos no nosso continente, pobre e sem malha ferroviária, além de deficiente na rodoviária, copiar os europeus, ricos e com todas as facilidades possíveis de locomoção.

Já imaginaram uma final da Libertadores entre Flamengo e Boca, em jogo único, em La Paz?

Estamos descobrindo que, também no mundo do futebol, embora não imaginássemos, é possível piorar…