(Foto: AFP)

UFA!!!

Nem sei por onde começar. Se elogio aqueles que entraram em campo sabedores de que tinham que ficar até o final, pois opção no banco não havia e, foram guerreiros, ou se espinafro toda esta estrutura insensível do futebol sul-americano.

Vou começar por aí. Que pantomima, hein? As autoridades sanitárias de Guayaquil, temendo um aumento de contaminação, em função da grande quantidade de jogadores do Flamengo que testaram positivo, tentaram impedir a realização do jogo. Foram desautorizados pela prefeita da cidade, que determinou a abertura do estádio. Dizem que, por trás da decisão da prefeita, estava a Conmebol.

Os médicos que consultei informaram ser perfeitamente possível que jogadores do Flamengo que participaram deste jogo, amanhã, podem testar positivo em função do convívio com aqueles infectados e que não jogaram.

Em síntese, a realização desta partida foi um risco para quem esteve no estádio, dentro e fora do campo. Meu Deus, será que a saúde e a vida estão tão banalizadas, a ponto de se correr riscos quando o pior pode ser evitado?

O tema é tão sério que, além do Flamengo já ter solicitado à CBF o adiamento do jogo com o Palmeiras, o próprio presidente palmeirense já havia tomado esta iniciativa, em demonstração clara de responsabilidade e bom senso.

Aguardemos a decisão da CBF.

Jogamos um tempo, o suficiente para garantir a vitória. Primeira metade, como nos velhos tempos, com muita inspiração, com Arrascaeta, Gérson e Pedro jogando muito.

Nosso Carlos Egon tem toda razão em ficar enlouquecido com a quantidade de gols perdidos pelo nosso time. Neste jogo, se tivéssemos aproveitado metade das oportunidades claras, teríamos goleado.

Faltou perna no segundo tempo e, quando Lincoln passa a ser a melhor opção no banco de reservas, não resta uma alternativa, qual seja o de torcer para o jogo acabar logo.

Meu querido amigo Luiz Carlos Barreto, o Barretão, liga, demonstrando muita preocupação ao ouvir de um infectologista inglês que um atleta que contrai o vírus pode levar de sessenta a noventa dias para voltar à normalidade. Só nos resta torcer pra o médico inglês ter exagerado…

Vamos torcer mesmo, para que tudo volte ao normal. Que os infectados se recuperem rápido, que nenhum novo teste dê positivo, que a paz volte a reinar, e que o nosso Dome pare de inventar…

Éverton Ribeiro, Gérson, Arrascaeta e Gabigol não foram feitos para fatias de campo. A natureza pede liberdade para eles.

Enfim, vamos dormir bem, embora preocupados com o que temos pela frente.