Amigos,
Acho que já está mais do que claro que, aqui neste blog, o respeito, é princípio, meio e fim. Aqui, todos entendemos que uma opinião contrária à nossa não significa agressão ou animosidade. Entendemos todos que alguém possa pensar diferente e, em muitos dos casos, a opinião que a princípio era antagônica, pode começar a ser simpática… Isto nada mais é do que o somatório de espírito democrático e sensibilidade.
Aqui, neste blog, já me rendi a opiniões diferentes e até distantes das minhas. Capitulei algumas vezes, sendo coerente com o que prego. Afinal, que mal há em reverenciar um pensamento ou uma ideia mais adequada do que a sua? Enfim, deste mal não sofro.
Fiz esta introdução para apresentar o pensamento de um companheiro querido que, conosco interage permanentemente neste blog. Eduardo Bisotto, não é rubro-negro. Na alma deste nosso amigo, o preto foi esquecido, resultando o Colorado como produto final.
Fiquei impressionado ao ler o pensamento deste torcedor do grande Internacional de Porto Alegre, a respeito de algo tão íntimo para nós rubro-negros, qual seja discutir a nossa historia. O texto me comoveu. Claro que, muito próximo ao que escrevi no post, cujo título foi “Por favor, leiam…“.
Com todo respeito a quem comentou com posições contrárias – sempre haverá de minha parte total respeito a quem pense de forma diferente – não dá para não publicar este poema …
Olá, Kleber, olá amigos do blog. Li ontem a postagem e na mesma hora fiz questão de ler todos os comentários. Se não é o post mais polêmico do blog, certamente é um dos mais desde que Kleber tomou esta iniciativa fantástica, se expondo humildemente e se abrindo justamente para a maior torcida esportiva do Planeta.
Antes de mais nada, um parênteses: sou colorado. Mas não reconhecer a grandeza do Flamengo é simplesmente burrice. E aos que dizem que times como o Barcelona tem mais mais torcedores, por favor! Um moleque brasileiro que assiste Champions pela TV e nunca vai passar perto do Messi ou mesmo do Neymar, não tem um milésimo da ligação afetiva que qualquer molequinho carioca tem com o Flamengo. Isso não é torcida. É admiração. O quê é algo bem diferente. Fecha parênteses.
Por quê demorei tanto pra comentar? Porque concluí que exporia melhor tudo que penso a respeito do assunto sendo chato e mandando um textão. Quis avaliar calmamente, antes de dar palpites em uma discussão tão polêmica. Pra começar, quero dizer que concordo integralmente com a postura exteriorizada por Kleber.
Dos anos 2000 para cá, o debate público no Brasil vem degringolando. Tudo começou com um rapaz que trombeteou por longos oito anos que “nunca antes na história do Brasil, isto”, “nunca antes na história do Brasil, aquilo”. Isso reflete um aspecto absolutamente negativo da nossa história como povo: somos absurdamente imediatistas, esquecemos hoje o quê defendíamos e fazíamos ontem e amanhã já temos uma nova ideia, completamente diferente da de hoje.
Temos uma dificuldade imensa de reconhecer o que nossos pais fizeram por nós. E isso, lamentavelmente, acaba transbordando para a esfera pública. Não admitimos que um adversário político tenha feito algo de bom antes que nosso grupo tenha tomado o poder. Não admitimos que alguém de quem discordamos possa ter feito algo de bom e plantado as sementes para que nós mesmos possamos colher. Estamos sempre com novas estreias, novas inaugurações, novos começos.
Basta constatar isso para entendermos nossa tara por trocar de técnicos a cada três rodadas ingratas. Não cremos no trabalho a longo prazo. Desaprendemos a sabedoria do Brasil rural: para colher, é preciso preparar o terreno, adubar, plantar, irrigar com cuidado, para só então chegarmos aos frutos.
Li comovido entre os comentários o depoimento do genial Radamés Lattari, patrimônio não só do Flamengo, mas de todo o esporte brasileiro. Radamés lembrou de seu pai e de outros flamenguistas ilustres botando dinheiro do bolso para fazer esta instituição ir à frente. Kleber, no próprio post, foi tão generoso quanto o próprio Radamés: destacou seu desafeto, Edmundo Santos Silva, pelo título com o gol do Pet.
Isso é postura de gente grande, com visão, com maturidade. Postura de Homens, assim mesmo, com H maiúsculo. Uma postura que lamentavelmente beira o impossível encontrar nas redes sociais, nas áreas de comentários e nos blogs Brasil afora.
Abro um parênteses novamente: alguém aqui já parou pra pensar no que significa o simples fato de Kleber Leite topar manter um blog? Estamos falando do Presidente do Flamengo que repatriou Romário direto do Barcelona. E não era um jogador em fim de carreira: era simplesmente o recém eleito melhor do mundo. Estamos falando do empresário de marketing esportivo mais bem sucedido do país. Somente um gigante, com segurança, maturidade e humildade suficientes toparia se expor desta maneira. Fecho mais este parênteses e caminho para concluir.
Quando a Chapa Azul se apresentou para o pleito, o Flamengo vivia de fato uma crise grave. Crise que, talvez, fosse mais de confiança do mercado do que propriamente financeira. Quem é do ramo sabe a diferença. Às vezes uma determinada empresa tem liquidez, tem perspectiva de honrar todas as suas contas, mas os seus dirigentes e o modo como a conduzem não inspiram no mercado a confiança necessária. Por isso, seus ativos se desvalorizam.
Quando ascendeu ao poder, com o apoio do grupo político do Kleber (algo que descobri lendo este blog), esta gestão aproveitou esta crise de confiança para vender uma ideia de Marco-Zero, de recomeço, basicamente de “nunca antes na história deste Flamengo”. Se entendi, é justamente este discurso que incomoda Kleber. E com absoluta razão.
A análise da BDO é estritamente financeira e matemática. Mas Kleber está corretíssimo ao dizer que o gol de Pet, a contratação de Romário, a geração de ouro de Zico e companhia e tudo que veio até mesmo antes disso, foram fundamentais na construção desta marca.
“Ah!, mas antes dos Azuis a marca não tinha este valor”, haverá de bradar o jovem que aprendeu a analisar construção de marcas com os estudos hiper-recentes publicados em blogs sobre o assunto. Querido: não haveria marca para os Azuis gerirem sem Kleber Leite, sem Márcio Braga, sem Michel Assef, sem Radamés Lattari e tantos outros monstros sagrados que dedicaram tempo, dinheiro, paciência e até a própria saúde para construir o Flamengo.
Por fim, qualquer um que entenda de gestão financeira sabe que o comentário de Radamés no post é absolutamente preciso: a gestão do Botafogo, do ponto de vista técnico, é tão boa quanto a do Flamengo. Só há uma “pequena” diferença: o Flamengo gera INFINITAMENTE mais receita do que o Botafogo, pela sua história gloriosa e pelos tantos abnegados que se entregaram a esta paixão.
Encerro me desculpando pelo excesso de tamanho do texto e pela prolixidade, mas achei necessário dado o contexto.
Forte abraço a todos, especialmente ao Kleber por nos propiciar este espaço! É sempre um prazer participar do debate por aqui.
Eduardo Bisotto
Perdão aos que pensam diferente, mas este é o tipo de mensagem que lava a alma. Que faz com que eu conclua que tudo valeu a pena.
Obrigado, amigo Bisotto. Pelo carinho, pela sensibilidade e, pelo espírito rubro-negro, mesmo sem o negro na alma.
Saudações Rubro-Negras. E, Coloradas…
Minhas desculpas Eduardo, mas tenho de repetir a frase maldita: ” nunca antes na história e bla,bla,bla….” Mas tenho de admitir que essa nova gestão tem méritos para dize-la, me diga qual a gestão em toda história do flamengo pautou por ter um flamengo forte fora de campo (Estrutura/Financeiro) e qual pegou o Fla em uma crise Financeira e á sanou ou paltou por ter esse lado totalmente estruturado?, que me lembre nenhuma.
Obs: E mais uma coisa leva a outra o Flamengo forte fora de campo só beneficia a parte futebolística. Um exemplo é o atual elenco em que temos 3 camisas 10: Diego/AP/Mancu e 3 camisas 9:Guerrero/Viseu/Damião, fazendo o fla estar brigando entre os 5 primeiros desde o início. Recentemente ouvi comentários de jornalistas que não entendiam ver o flamengo tão regular, pelo fato de só verem este se destacando com arrancadas: 2 turno de 2009 e as 7 vitórias seguidas ano passado. Se essa gestão deixou a desejar no aspecto futebolístico no primeiro mandato esta dando amostras que o trabalho feito fora de campo começa a dar resultados dentro.
Simplesmente fantástico , parabéns Bisotto pelo texto mágico e sensato , viva o Flamengo !!!!
Kleber Leite, data venia!
Caríssimo Bissoto, para mim, reconhecimento de torcedor de outro time, totalmente rendido, sem rivalidade, é um ultraje ao espírito do futebol. Digo isso inspirado pelo espirito esportivo “Nelson Rodriguiano” (a única exerção é feita em casos pontualíssimos, a raríssimos, a alguns tri-colores cariocas, especialmente encarnados na figura do nobilíssimo Dr. Francisco Horta). SRN
Caro Bisotto,
Um dia gostaria de conhece-lo pessoalmente para agradecer o carinho que vc prestou a minha pessoa.
Eu sou fã de carteirinha dos que hj dirigem o Flamengo que venceram as eleições com a chapa azul na qual votei desde a sua 1ª eleição e acho que contribuí com muitos votos.
Mas,sou daqueles que gosto de reconhecer o mérito daqueles com quem não tenho relação e de enaltecer aqueles que fazem parte da minha relação de amigos.
Por saber que tantos por amor ao Flamengo sacrificaram suas vidas profissionais e familiares é que muitas vezes fico triste com esta falta de sensibilidade da parte de alguns que tem necessidade de desmerecer uns para enaltecer suas virtudes.
Sou daqueles que acredito que quando a coisa é boa, como por exemplo a atual diretoria do Flamengo, não existe a necessidade dos seus membros se elogiarem, todos nós que temos amor ao clube seremos os primeiros a faze-lo, aliás já fazemos isso a muito tempo, exceto no Futebol onde independente da crise financeira alguns erros foram cometidos.
A nossa divisão é o nosso maior adversário , com todo respeito aos nossos co-irmãos o Flamengo unido é a maior força do esporte no mundo.
Amanhã é dia de corrente pela vitória contra a Ponte Preta, vencer nem que seja por meio a zero será fundamental.
Sou suspeito, sou totalmente parcial, mas que outra pessoa vcs conhecem como o Kleber, que abre um espaço onde as pessoas tem total liberdade para expor suas ideias e opiniões , muitas vezes inclusive bastante críticas ao titular do Blog.
Bisotto, não o conheço, mas tenho certeza que vc é o mais rubronegro dos colorados.
SRN
O que me intriga, é se o Flamengo tinha esta liquidez, porque os presidentes que passaram não usaram da mesma estratégia da chapa azul, será falta de competência para enxergar ou interesses outros ?
Uns não tiveram coragem de dedicar 3 anos consecutivos de uma gestão só para pagar dívidas, como a gestão atual. Outros priorizaram apenas manter o fluxo de caixa sadio e investir o resto em futebol. Outros, receberam o clube tão mal que mal pagavam as contas do mês. E outros, como a Paty, eram só incompetentes mesmo. Curioso que o Luxemburgo foi demitido por ela mas jamais disse que ela não entende nada de futebol.
Caro Kléber e amigos! Simplesmente genial o texto do Eduardo Bisotto. Palavras marcam e muitas vezes se firmam na história, mesmo sem registro em cartório. O Eduardo tem a magia de fazer de uma pedra um coração que bate se utilizando de uma simples caneta. Ele dá vida as palavras! Parabéns! . Não fiz comentário no post anterior, mas, dentro da minha lógica, entendi que as palavras do Kléber apontam para um Flamengo de marca maior e superior a qualquer tempo ou individualidade. A marca Flamengo se representa por todos nós torcedores, pelos grandes ídolos que fizeram sua grandiosa história, incluindo todos os presidentes que por lá passaram, bem como, os que hoje com muita competência acrescentam um algo mais para fortalecer essa gigantesca e insuperável marca. SRN a todos e nossa homenagem ao Bisotto.
Como disse uma coisa leva a outra: Nossa história grandiosa Levou ao número de torcedores que temos hj, esse número de torcedores e a história juntos levaram ao alto valor das receitas que hj temos.
Caríssimo Kleber: eu, que sou um falastrão sem limites quando escrevo, fiquei sem palavras diante de tanta generosidade e carinho. Faltam palavras pra descrever o sentimento de gratidão por seu reconhecimento.
Prezado Radamés: PELO AMOR DE DEUS, QUEM FAZ QUESTÃO DE CONHECÊ-LO PESSOALMENTE SOU EU! Tu és uma bandeira viva do esporte brasileiro. É uma honra imensa partilhar deste espaço contigo.
Aos demais amigos do blog: prometo responder a todos amanhã. Hoje, a emoção ficou grande demais diante do reconhecimento de figuras como Radamés e Kleber. Até!
CAros amigos Kleber Leite, Radamés, e Bisotto.
Gostaria de pontuar e tentar deixar o mais claro e transparente possível minha visão de Flamengo.
1 – Quanto ao post “Por favor, leiam” somente pontuei que o gráfico apresentado e postado aqui no blog, leva em consideração tão somente a relação mercantil entre Balanços financeiros VS torcida.
Talvez por isso, e tão somente por isso, o atual cenário do gráfico mostre o Flamengo como líder e não qualquer outro clube, como por exemplo Corinthians e ou São Paulo.
Acredito piamente que, nem eu, mero Flamenguista, nem a proprietária e executora do gráfico, quer ou quis desmerecer as conquistas do Flamengo ou de qualquer outro time.
Para quem fez o gráfico, as glórias e conquistas não foram levadas em conta. Simples assim. Se isso faz ou não diferença, aí precisaríamos talvez, de um outro post para discutirmos. Por hora, esse foi o argumento apresentado e postado.
2 – Eu não desmereço nenhum ex presidente do Flamengo. Primeiro eu não estava presente nas dependências do clube quando das suas participações e contribuições ao clube, e segundo, não participei efetivamente, exceto pela enorme torcida para que tudo desse certo.
3 – Eu não desmereço qualquer conquista do Flamengo em toda a sua história. Eu chorei,gritei,torci e sofri tanto quanto todos os Flamenguistas.
TENDO ISSO POSTO….
O que de fato é público e notório e que eu tão somente tenho divergências.( e ponto)
Tenho de fato diferenças ideológicas. ( e ponto)
Tenho visões diferentes.(e ponto)
Já relatei aqui outrora todos esses quesitos, mas não me custa nada repontuá-los.
1 – Não me agrada por exemplo esperar 17 anos para que o Flamengo seja campeão Brasileiro. Me refiro ao espaço de tempo entre 2009 e 1992.
O que eu quero é um Flamengo competitivo com a sua regularidade em disputar títulos. No rumo que caminhamos hoje, podemos sim não ser campeões em 2016 ou mesmo em 2017, mas estamos trilhando o caminho certo para a futura regularidade no topo da tabela. E de tanto permear,namorar e frequentar o topo da tabela, hora ou outra o topo será o nosso lugar eterno.
2 – Por outro lado também não me agrada o que acontece nos dias de hoje com Corinthians e Cruzeiro, que pagam uma conta absurda por um estádio de futebol e um bi-campeonato caros demais.
O que eu quero é que o Flamengo não precise mais fazer loucuras financeiras ou administrativas para ter um time que seja competitivo. Essa é uma visão minha que não cabe mais no futebol mundial, loucuras outrora praticadas.
Eu quero a regularidade financeira e administrativa praticadas com o máximo de transparência nessa e nas próximas gestões futuras.
Eu quero e topo esperar os mesmo 40 meses – tempo que de fato esperamos para ter um time competitivo – para que tudo isso de fato se torne uma realidade concreta a ponto de deixar o Flamengo um clube inquestionável sob qualquer aspecto.
Mas eu respeito a quem pensa que um clube de futebol é só títulos e conquistas e que para isso vale a pena qualquer loucura. Só não concordo com essa visão.
Respeito a quem pensa que o mais importante seja se o Flamengo vai continuar a primeira divisão a qualquer preço.
Respeito quem acha que 750 milhões de divida e ser campeão podem fazer parte da mesma frase.
E outras tantas situações que poderiam ser pontuadas aqui.,
Respeito mas não concordo.
Não concordo porque ninguém faz isso em suas empresas ou nas suas contas particulares. Ninguém gasta mais do que arrecada e tem a certeza que vai sair impune.
Portanto caros amigos. Trata-se unica e exclusivamente de mudança de conceitos. Conceitos com os quais eu acredito. Eu confio. Eu vislumbro para o Flamengo e para o futebol brasileiro.
ABÇ#SRN
Eu concordo com vc, Anderson, mas não vi ninguém no post anterior apoiando a irresponsabilidade desde que ela gere títulos. Acho que o tema o post se perdeu. O Caso é que o Kléber falava sobre a grandeza do Flamengo, que é a maior marca do Brasil, mas que esse fenômeno não aconteceu de 2013 pra cá. Ou seja, a chapa azul não pegou o Olaria e o transformou em Flamengo. pegaram um clube passando por dificuldades, mas que já era a maior receita de TV, maior PPV, maior torcida e etc. Claro, o mesmo cenário estava lá em outras administrações e não foi feito o trabalho que a chapa azul fez. Tivéssemos dirigentes com esse pensamento antes de 2013, nossa dívida jamais teria chegado ao absurdo que chegou.
“Tivéssemos dirigentes com esse pensamento antes de 2013, nossa dívida jamais teria chegado ao absurdo que chegou.”
É tão somete esse o ponto Caro Daniel,nada além disso.
Agora o porque disso não ter sido feito antes, posso eu só acreditar qu e é uma questão de filosofia, nada mais q isso.
Abç
E quem disse que, se tivéssemos dirigentes com esse pensamento antes de 2013 teríamos títulos? E quem disse que teríamos torcida?
Esse endividamento, mesmo que negativo, nos gerou times e títulos, e por consequência, TORCIDA e, mais por consequência ainda, POSSIBILIDADE DE GERAR RECEITA.
O futebol mudou, Romário foi contratado por 5 milhões de dólares. Só. O melhor do mundo. Dívidas de clubes no passado eram comuns, basta ver que não há um clube dos mais antigos sem dívidas. O governo era perdulário com isso, mas mudando a realidade, é necessário mudar as ações.
Vejo muita gente mal agradecida ao nosso passado. Gostaria que vocês, Nino, Anderson, Sérgio, e outros, retirassem a única estrela que paira sobre nosso escudo de suas camisas, pois, pelo que leio de suas colocações, vocês não se sentem representados por essa estrela, e também não a merecem.
Fausto, acho exagerado dizer que quem não concorda com você é mais ou menos flamenguista do que outro, a ponto de não “merecer” uma de nossas estrelas. São apenas pontos divergentes.
meus professores de História sempre me disseram que o “se” não funciona em História. Não dá pra saber o que teria acontecido se Hitler vencesse a Guerra, Se Napoleão não tivesse sido derrotado em Waterloo e também não dá pra saber o que teria acontecido se o Flamengo não tivesse se endividado desse jeito.
Mas a meu ver, a FAF, que foi ainda mais marcante à sua época, do que é a chapa azul atual, montou nosso esquadrão com Zico e Cia sem destruir nossos cofres e fazendo realmente uma revolução no Fla. Ter vivido em tempos de bagunça no futebol Brasileiro não foi desculpa, lá nos anos 70, para irresponsabilidade.
E se o Márcio Braga tivesse recebido um clube saneado do Edmundo Santos Silva? teria ganho “só” 1 brasileiro? E se o Kléber tivesse recebido um Fla com salários em dia e CT do Augusto Velloso? teríamos ganho “só” 1 carioca invicto? Não dá pra responder. É o Efeito Borboleta: O bater de asas de uma borboleta no ocidente pode desencadear um furacão no oriente.
Pelos comentários, me parece que estão sendo faladas duas coisas completamente diferentes. Ora, eu nem tiro os méritos dos antigos dirigentes como também não desmereço os atuais. O caso é que pra quem sentiu na pele as gestões de Edmundo Santos Silva e Patrícia Amorim, parece que estamos diante de algo inimaginável.
A chapa azul merece todos os elogios, principalmente pela competência administrativa, financeira e jurídica. Mas o Flamengo jamais ganhou tanto em direitos de TV e bilheteria como nos últimos anos. O ST quem criou não foi a chapa azul e sim a Ambev com seu pool de empresas parceiras, cabendo ao Fla moldá-lo. Claro, houve muita COMPETÊNCIA, mas em 2004, quando Márcio Braga assumiu, o cenário não era esse. Tampouco era em 1995. Sou fã da chapa azul, mas também sou fã do Kléber e do Márcio Braga. Quem melhor recebeu o Flamengo, em tempos recentes, foi o Edmundo Santos Silva e Patrícia Amorim. Daí minha única contestação ao Kléber que diz que TODOS os dirigentes contribuíram para o tamanho da marca Flamengo. A meu ver tivemos alguns que nos fizeram andar algumas casinhas pra trás. Meu Deus, o que foi Michel Levy????
Gostaria de complementar meu post com essa matéria.
http://www.flamengorj.com.br/coluna/cheirinho-de-medo
Lapidando um ou outro conceito, uma ou outra nomenclatura, é basicamente isso que eu espero do Flamengo.
Daniel, no post passado o KL comentou sobre a pouca, digamos, “disponibilidade amistosa” de alguns membros da atual diretoria. O que dá para perceber a anos luz de distância é que os atuais membros da atual diretoria fazem críticas não veladas, comportamentais, aos antigos membros de diretorias anteriores, por seus métodos de gerenciamento do clube no passado, até a Patrícia Amorim. Neste quesito, quero dizer que é compreensível o comportamento dos atuais membros, pois vários anos se passaram sem uma gerencia administrativa e financeira correta no Flamengo fosse implementada, apequenando o clube. Parece que agora atingimos patamares que Cruzeiro, Atlético Mineiro, São Paulo, Inter, Grêmio e tantos outros atingiram a mais de 2 décadas atrás. O único que conseguiu título relevante (2009) com a “política do caos” foi o Márcio Braga. Tempos de mudança, em que cada um ocupará o seu devido e merecido lugar na história do clube.
Eu tenho uma visão fascista (e por isso já tomei muitos cascudos da minha filha de 23a, uma administradora) do espectro sócio cultural da região sul até o estado do SP no sudeste em relação ao resto do pais, por considerar que questões de etnia sejam determinantes para a formação de uma cultura evolutiva próspera e organizada. Minha filha argumentou que este acúmulo de conhecimento organizacional era uma mera questão de acesso a educação do povo e não a etnia em sí. Concordei e imaginei se as elites culturais e administrativas destas regiões menos favorecidas não forem os arautos desta evolução, estaremos eternamente perdidos.
O que dizer por exemplo de um clube gaúcho chamado Chapecoense? Que subiu da 2a divisão a 5 anos e sempre se mantém na zona intermediária do Brasileirão a 5 anos sem ter voltado a 2a. divisão! Com estádio funcional, centro de treinamento funcional, time equilibrado dentro da realidade do clube! Coisa para se pensar…
E pra confirmar que você tem o grande dom de não falar coisas com nexo, lhe informo que a Chapecoense é de Chapecó, que fica em Santa Catarina.
Gaúcho é o Inter, o Grêmio, o Juventude, o Brasil de Pelotas…
Talvez o link abaixo te eduque um pouco:
https://www.google.com.br/maps
Meu caríssimo, o “termo gaúcho” historicamente e culturalmente se refere a toda região sul, inclusive é extensivo a toda região do Rio da Prata que engloba Uruguai e Argentina, sorry mas é a história geo-política que todos conhecemos.
Nino, honestamente eu acredito que casos como da Chapecoense vão passar. Devido à bagunça no futebol brasileiro, todo time “arrumadinho”, ou seja, com CT, salários em dia, comissão técnica trabalhando a mais de um ano, estádio com torcida presente em pelo menos 10 mil por jogo dava trabalho nos clubes grandes. Hoje isso ainda acontece, mas quando todos os times começarem a se organizar, e basta ver que todos os clubes tem projetos de CT e estádio, esse “fenômeno” vai diminuir.
Daniel, mas o que salta aos olhos é a capacidade organizacional dos caras com recursos limitados, a seriedade que gera frutos, mesmo de tão pouco, isso para mim se chama superioridade organizacional.
Ae você me quebra nino, Gaúcho……, se a etnia medisse o potencial intelectual das pessoas não teríamos acreanos, sulistas e o pessoal do centro-oeste pegando a vaga de mts cariocas nas universidades públicas do Rio.
silasT, não me refiro a “elite intelectual de cada região”, mas se nós brasileiros tivéssemos a auto-critica necessária!
Penso que fechar os olhos para as verdades não ajuda! Veja o estado de SP, detentor de quase 50% do PIB nacional, pq será que isso acontece? Eu explico, o pacto federativo, tal qual é constituído igualitariamente para todos os estados, gera um efeito de globalização interna, onde o capital e as pessoas vão para onde querem. Neste contexto meu caro, é bom saber que o capital sempre migra para as zonas de maior organização politica e social.
Mas voltemos as esferas futebolísticas. E qual é o capital de um clube de futebol? Suas conquistas! Então, a grande pergunta: Para onde migrarão os títulos nestes últimos 25 anos de Brasileirão? De Libertadores?
Não fasso a menor ideia mas sei para onde vão migrar nos próximos 100 anos.
Nino, meu caro. Parece que você não leu o post do KL, assim como parece não ter lido a obra prima do nosso amigo Bisotto.
Replico abaixo um parágrafo do Texto do Bisotto, que deve ser lido e decorado por gente como você:
““Ah!, mas antes dos Azuis a marca não tinha este valor”, haverá de bradar o jovem que aprendeu a analisar construção de marcas com os estudos hiper-recentes publicados em blogs sobre o assunto. Querido: não haveria marca para os Azuis gerirem sem Kleber Leite, sem Márcio Braga, sem Michel Assef, sem Radamés Lattari e tantos outros monstros sagrados que dedicaram tempo, dinheiro, paciência e até a própria saúde para construir o Flamengo.”
Além disso, você diz que o único título relevante dos presidentes do passado foi conquistado por Marcio Braga (e esquece que quem montou o time foi o KL), mas dizendo isso você está abrindo mão de nosso único título mundial? E de nossos outros CINCO títulos brasileiros? De todos os nossos estaduais?
Melhor ler esses absurdos que você escreveu do que ser cego…
Fausto meu caro, é óbvio que a citação do título de 2009 é uma citação do último título importante, sem entretanto invalidar os anteriores (A maioria esmagadora é mesmo da gestão do Márcio Braga), achei que tinha ficado claro.
Agora, se for para discutir poesia, literatura, música, filosofia ou política, prefiro frequentar outro blog.
Olha….de pé…. CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP…CLAP… CLAP… um pena não ter ícone de palmas e som ♫♫♫♫..✌✌✌✌✌ neste blog!!!
Meus amigos! Esse debate é promissor e certamente pode até levar semanas. O Flamengo é um gigante. SRN
Pessoal, alguns comentários não foram ao ar por terem passado um pouco do tom. Vamos pegar mais leve?
Obrigado!
Caro Robert, amigo! Percebemos isso. Muita gente inteligente e de conteúdo intelectual muito valioso. Como rubro negros, precisamos entender melhor as colocações. Aqui o tratamento pessoal precisa estar acima do tratamento que muitas vezes retrata uma opinião. O Kléber falou de um assunto de uma forma muito polida e acima de tudo, enaltecendo valores. O Bisotto, um Mister M com a escrita, nos levou a uma reflexão de maior nível ainda. De toda sorte, desejo que coloquemos nossas armas no chão para nos abraçamos num arco-íris pintado de vermelho e preto, e, de forma sublime, nao esquecendo o branco da PAZ! SRN e de muita PAZ.
Valeu, Chico!
O pessoal se exalta um pouco às vezes, mas se ama. Somos uma família!
Abração.
Peço desculpas aos amigos, ao Kleber Leite, ao Robert, e em especial ao Nino, com quem me exaltei além do que devia. (E entendi seu gaúcho como naturalidade, e não regionalismo…).
Abraços a todos, e o que mais lamento é que o Robert tirou o link da Hope Solo que tinha colocado alguns posts atrás. Uma perda para a “família”. Mas entendo, hehehe.
Ah, se desculpa não Fausto, sustenta o seu ponto de vista e pronto!
Caro Fausto,
Obrigado pelo carinho, e caro Nino não esqueçamos da passagem meteórica do São Caetano….Existem diversos clubes que são muito bem estruturados, mas são clubes com donos, sem muito compromisso com títulos, sem uma grande torcida e cujo verdadeiro objetivo são negócios com jogadores.
Acho que podemos concluir deste belo texto do Bissoto, que a grande maioria com diferentes formas de se expressar pensa muito parecido e que uma pequena parte para exaltar o que TODOS reconhecem precisam diminuir o passado vitorioso e glorioso do nosso clube.