Briga ruim

Sempre tive um pé atrás em todo início de campeonato. Como a influência da pré-temporada no desempenho dos times é enorme, principalmente quando o campeonato começa, melhor não criticar, e tão pouco elogiar. Portanto, vamos falar de outro tema que pode ter influência decisiva no final do filme do Flamengo neste campeonato.

Esta briga com a Federação e, principalmente, a temperatura destas divergências, cria um outro tipo de consequência. Como é público e notório que Federação e Flamengo estão em guerra, evidentemente, os árbitros pagos e escalados pela Federação, mesmo que de forma inconsciente, podem não ver o Flamengo da mesma forma como veem os outros clubes.

Lembro aqui que, apesar do Fluminense rezar na mesma cartilha do Flamengo, não se ouve falar de nenhum bate-boca entre qualquer representante tricolor e o presidente da Federação. A discussão fica no terreno conceitual. Aliás, o Fluminense sempre foi mestre na arte de discordar com polidez. Como Vasco e Botafogo estão alinhados com a Federação, o único Dom Quixote é mesmo o Flamengo. Não estou aqui, em absoluto, afirmando que alguém da Federação pode tomar a iniciativa de trabalhar os árbitros para que estes prejudiquem o Flamengo. Não vão fazer isso, até porque, não é preciso. Ao longo da minha vida esportiva já vi este filme uma dezena de vezes. Mesmo o árbitro não tendo nenhuma intenção premeditada em prejudicar o clube que está em guerra com a Federação, por um motivo natural de preservação, e por ser bíblico, “Matheus, primeiro os teus”… na dúvida, sempre contra o time que é contra a casa que o escala e que o sustenta. Este não é um comportamento exclusivo dos árbitros de futebol. Isto é inerente ao comportamento do ser humano. Há exceções…

Briga ruim…