2 Tempos – 2 Jogos

(Foto: Marcos Alves / Agência O Globo

(Foto: Marcos Alves / Agência O Globo)

O título do post retrata com perfeição o que foi este surpreendente Corinthians 4 x Flamengo 0.

Poderia até dizer que o título nada mais é do que o óbvio para qualquer pessoa que tenha visto o jogo, tamanha a diferença da performance do Flamengo do primeiro para o segundo tempo.

No primeiro tempo, o Flamengo foi um time equilibrado e, bem superior ao Corinthians. Há quem atribua ao primeiro gol o fator de desequilíbrio do nosso time. Vejo de forma diferente. O que pesou foi o aspecto físico, onde Ederson só consegue jogar um tempo, tanto é, que é sempre substituído. Alan Patrick foi outro que no segundo tempo parou de jogar. Ederson, enquanto esteve em campo, isto é, enquanto tinha gás, jogou uma boa partida. Alan Patrick, ao contrário, foi razoável no primeiro tempo e, no segundo fez do Flamengo um time com 10 jogadores. Dez, não. Nove, pois desde o primeiro tempo estava na telinha da TV para quem quisesse ver, que Jorge estava com algum problema. Na leitura labial, ainda no primeiro tempo, no diálogo entre ele e Dr. Tanuri, disse Jorge: “estou tonto”. Visivelmente sem condições. Deveria ter sido substituído.

Ainda sobre o jogo, dizer que no primeiro tempo o restaurante rubro-negro ofereceu caviar. No segundo, sardinha e, estragada.

Ia elogiar Márcio Araújo e Arão pelo primeiro tempo perfeito dos dois, mas caramba, o jogo tem 90 minutos…

Embora não tenha tido influência no resultado, este Héber Roberto Lopes foi um fanfarrão. A expulsão de Zé Ricardo, injusta, pois a falta que ele reclamou, realmente aconteceu. Uma tesoura voadora que quase quebra a perna de Ederson. E cá pra nós: expulsar o treinador pelo fato deste ter aberto os braços reclamando da não marcação de uma falta é ridículo. Não há nenhum treinador no mundo que reaja diferente. Juizinho que gosta de aparecer. Fanfarrão…

E agora? São muitas as preocupações, a começar pelo estado de saúde de Rodinei. Pelo que ouvi, Pará vem por aí…

No meio, os volantes dão conta do recado. Os meias, continuam devendo. Irregulares e pouco criativos. Não adianta ter um jogador de velocidade como Cirino, se não há no jogo uma bola metida em profundidade. Por falar nisso, este Thiago, que entrou, muito verdinho…

E o Guerrero? Se o torcedor fizer uma equação do que espera sempre dele e, o que realmente ele pode dar, teremos uma torcida mais paciente com o nosso camisa nove. E, é bom que isto ocorra, pois não tão bom como se esperava, é verdade, porém, pior será sem ele…

Enfim, um jogo maluco, em que os nossos pontos vulneráveis ficaram visíveis. Continuo achando que, se nenhuma bobagem for feita, se houver a necessária definição do comando, seja com quem for – mas definir é preciso, antes que vire bagunça – vamos continuar brigando…

Se chegar alguém que faça a diferença no setor de criação e sacuda a torcida, aí a briga vai ser mais em cima.

Domingo maluco…