Para mudar, votar em quem?

bandeira com interrogaçãoFinalmente, chegou a hora das definições. Confesso que me encontro dividido, e muito preocupado, com relação ao futuro do futebol do Flamengo. Vou tentar, num questionário objetivo, responder de forma absolutamente sincera às perguntas que seriam obrigatórias a qualquer rubro-negro, especialmente a quem vai exercer o direito sagrado do voto.


Já decidiu em que chapa vai votar?
Resposta: Não.

Por que?
Resposta: Como o regime é presidencialista, nenhum dos três candidatos me motiva a já ter uma decisão tomada, embora na última eleição, quem votou apostou num grupo e não em uma pessoa, até porque, quase ninguém conhecia o candidato Eduardo Bandeira de Mello. A aposta foi num regime parlamentarista e, acreditar numa turma séria e repleta de boas intenções. Hoje, por uma questão de coerência, se o critério fosse escolher a melhor turma, votaria na chapa verde, mas há outras questões muito importantes que me conduzem a observar melhor.

Quais questões?
Resposta: São questões pertinentes, única e exclusivamente, ao futebol que, na realidade, é o nosso grande problema. Nos três anos da atual gestão, por falta de comando e de conhecimento de causa, o futebol do Flamengo foi um desastre. Inventaram o tal “conselho gestor” ou, “conselho do futebol”, que só serviu para tirar a autoridade de quem deveria comandar. Já disse aqui e repito que, jogador de futebol é, na média, inteligente e sensível. Quando sente que não há comando, ou que o comando é dividido, adeus…

Até agora, não notei nenhum movimento positivo com relação a se definir de forma clara, como “banda irá tocar” a partir de janeiro de 2016. O ideal dos ideais para o eleitor, seria, imediatamente, saber quem comandará, com autonomia, o futebol; que estrutura montará este comandante; e com que profissionais imagina contar. Além de acenar, discretamente que seja, fazendo com que entendamos que o trabalho para 2016 já está sendo desenvolvido. Até agora, todas as entrevistas dos candidatos sobre o principal tema, que é o futebol, foram evasivas. Decepcionantes…

Alguma sugestão?
Resposta: Sim. Uma única, que requer confiança. Como a eleição será em dezembro e não se pode esperar até lá para, a partir daí, começar a se montar o quebra-cabeça para 2016, que este trabalho seja feito em conjunto a partir de agora e, que as definições com relação a nova estrutura e contratações de profissionais, passe obrigatoriamente pela aprovação de todos. Isto equivale a dizer que, o trabalho deverá ser concentrado em contratações inquestionáveis, as que não se tem muito a discutir. As quase unanimidades. A vantagem é que a chance de erro será minimizada. A desvantagem é que algumas oportunidades poderão ser perdidas.

Não preciso dizer que, o quão fundamental é que, as pessoas indicadas pelos candidatos devem ser obrigatoriamente… DO RAMO!!!

Em tempo: Que fique acordado que nenhuma medida, inclusive com relação à dispensa de jogadores, será tomada sem que seja montada a nova estrutura do futebol. Exemplo: leio que o São Paulo, sempre “esperto”, anuncia o interesse em Marcelo Cirino e Éverton. Esta decisão caberá ao novo comando do futebol.  Se o comando técnico, por exemplo, couber a Muricy Ramalho, a decisão passará obrigatoriamente por ele, ficando qualquer transação inibida, sem o aval de quem vai dirigir o elenco. Se para Oswaldo de Oliveira, Éverton e Cirino, são dispensáveis, para Muricy, os dois podem cair como autênticas luvas…

Enfim, com o futebol já em período de “férias”, vamos concentrar as energias na definição do que seja o melhor para o Flamengo a partir de janeiro e, durante três anos.

Todo o cuidado para não errar, é pouco…