Fla Galvão

Está rolando pelas redes sociais, naturalmente entre os torcedores rubro-negros, uma série de apelos contundentes para que, pela Libertadores, contra o Atlético Paranaense, a direção de esportes da Globo escale Galvão Bueno para narrar o jogo.

Esta ação acaba sendo uma justa homenagem a Galvão Bueno, a meu conceito, o maior comunicador esportivo da televisão brasileira. Claro que o que rola, começa pela paixão de quem interage com o profissional em questão. Galvão, para quem é Flamengo, é sopa no mel, é juntar fome com vontade de comer. Em frente à telinha, o torcedor do mais querido do Brasil curte a narração, sabedor que atrás daquela voz há um coração rigorosamente igual ao dele, onde circula um sangue diferente. Sangue rubro-negro.

Claro que, pelo nível profissional dele e da Rede Globo, jamais a paixão pelo Flamengo fará o comunicador em questão distorcer um lance. Se por acaso ocorrer um fato real que não seja bom para o Flamengo, como por exemplo um pênalti a favor do adversário, será transmitido retratando a realidade, de mãos dadas com a verdade. Ao mesmo tempo, mesmo sabedor de que não terá um cúmplice na arte de distorcer, o nosso torcedor adora saber que voz e imagem que invadem a sua casa frequentam a mesma igreja e, praticam a fé através da mesma religião.

Talvez ninguém tenha notado que não me referi a Galvão Bueno como narrador e, proposital foi. O que difere, entre tantas coisas, Galvão de todos os outros profissionais e, sem desmerecer ninguém, é que todos narram, Galvão, comunica.