Comecei a me ligar, ou melhor, a me apaixonar pelo tênis pela curiosidade em entender o fenômeno Guga. A paixão foi tão grande que, inclusive, comecei a jogar, sem que jamais tenha sequer assistido a qualquer aula de tênis.
Quis o destino que Guga, em função de um problema no quadril, fosse obrigado a abandonar as quadras.
Órfão, não demorei a encontrar por quem torcer e me apaixonar. Como Guga, Federer me proporcionou inúmeras alegrias jogando mundo a fora, conquistando torneios e mais torneios e batendo recordes como se toma cafezinho. Caramba, eu havia escolhido para torcer, nada mais, nada menos, do que o melhor tenista de todos os tempos.
Além da técnica inigualável, a elegância. A sensação que se tem é a de Roger Federer joga de smoking…
Só que, o tempo, também para ele, passa. Primeiro, as vitórias que eram obtidas com extrema facilidade só eram conquistadas após jogos longos e duríssimos. Na sequência, as derrotas, antes inimagináveis, começaram a fazer parte do contexto. O problema é que ninguém estava habituado a isso. Federer e seus milhares de apaixonados fãs começaram a conhecer um mundo novo.
Após o jogo desta terça-feira, quando foi eliminado do US OPEN por um tenista búlgaro – Grigor Dimitrov, que aliás, jogou muito bem – por 3 a 2, em jogo de quase quatro horas, sem conseguir dormir, pela primeira vez me veio à cabeça se não era hora de Federer parar.
Do pensamento inicial, vem outro imediato. Melhor sofrer mais um pouco, mas não deixar de ter o privilégio de ver Roger Federer nas quadras ou, parar de sofrer por vê-lo querer ser o mesmo, mas tendo o tempo como inimigo mortal?
Fui dormir sem chegar a uma conclusão. Qual será o pensamento de quem gosta tanto de Federer, como eu?
Parar e estancar sofrimentos certos ou, não abrir mão desta magia em vê-lo jogar, mesmo sabendo que – sempre – as possibilidades de vitória serão cada vez mais remotas?
Sem saber ainda responder, o que posso dizer que é humilhante ver o maior tenista de todos os tempos, passar pelo que está passando.
O compromisso de Federer, pela sua genialidade, é com a glória. Federer, sem vitórias, não é Federer.
Kleber, compartilho da sua opinião, mas fico muito triste em imaginar um Grand Slam sem Federer.
Mas a idade está pesando, e esses garotos de hoje em dia estão voando fisicamente, observe o quanto Federer cai de rendimento em jogos longos, triste constatação, porém verdadeira.
Kleber querido, vou tentar te ajudar na sua duvida. Eu tambem considero o Federer o jogador mais técnico da história. Mas o tenis não se resume a isso. Qualquer livro de tenis fala que o componente mental de uma partida beira a 70%. É um esporte fascinante porque você pode ganhar mais pontos do que o seu adversário em uma partida e perder o jogo. A final de Wimbledon, desse ano, entre Federer e Djocovic foi assim. O que decidiu o jogo não foi a diferença de idade nem o cansaço do jogo. Foi a cabeça, ou a falta dela. O Federer sacou com 40/15 para ganhar o título, no seu piso favorito, e não foi capaz de fechar o jogo.
Recentememte troquei umas mensagens com o Renato Prado sobre esse jogo. O Renato concorda que o mental do Federer é inferior ao do Djoko e do Nadal. A história certamente vai apontar o Federer como o jogador mais técnico de todos os tempos. Entretanto, é muito provável que ele não se sustente como o maior vencedor de Slams. Em 2 anos, imagino, será superado pelo Djoko ou Nadal, ou pelos 2. Nos marters 1000 já foi.
Na premiação, também. Do ponto de vista atlético, o Federer também é inferior aos dois.
Perder para o Dimitrov está longe de ser humilhação. O búlgaro, quando surgiu, foi comparado ao próprio Federer no estilo de jogo. Você, que já arriscou as suas raquetadas, sabe muito bem que jogar bem passa muito pelo dia do jogo. Cansamos de ver entrevistas pós jogo, com jogadores dizendo por exemplo” o meu primeiro saque não funcionou hoje”. Basta um fundamento como o saque não funcionar, para o jogador não conseguir desempenhar. Mesmo com 30 anos, o Federer perdeu jogos e finais que não deveria perder. Nesse US OPEN o Djoko era o grande favorito, mas foi obrigado abandonar, por problemas físicos. Não se esqueça que em jogos longos, de 5 sets, a “gangorra mental” oscila ainda mais. Tenho certeza de que o próprio Federer saberá o momento exato de se despedir. Eu sempre achei que o Federer poderia jogar com 2/ 3 quilos a menos e ser mais atlético. Entretanto, a genialidade dele sempre superou essa deficiencia. Hoje, a menor mobilidade dele já se mostra mais evidente. Espero que possa ter te ajudado.
Só gostaria de lembrar ao amigo que entre o terceiro e o quarto set o Federer pediu atendimento médico.
E respeitosamente ao que vc escreveu e admirando Djoko e Nadal , dois jogadores espetaculares , existe um abismo entre eles e Federer.
Saudações
Gostaria muito de participar desse bate-bola sobre a redonda amarelinha…
Acontece que minhas lembranças repousam em John McEnroe.
Não sei se o cara era realmente talentoso ou, um tremendo encrenqueiro.
O mesmo acontece em relação ao basquete!
Assistia todos os jogos do Chicago Bulls, justamente por causa do mito.
Aquele timaço com Dennis Rodman, Jordan, Pippen, George Gervin etc… não me deixava sair de casa.
Hoje, não perco um único jogo do nosso Mengão na NBB.
Saudações nosso viking de Angra. Como sempre acompanho o relator em tudo. E aconselho aproveitar o restinho de carreira do Federer. Um dos maiores atletas de todos os tempos.
Abs
Boa noite, amigos,
Egon, é incrível como aconteceu comigo do mesmo modo que vc escreveu. Eu assistia tênis para ver o John McEnroe arrumar confusão e jogar a raquete no chão. Kkkk!!!! Quanto ao Chicago Bulls, ver Jordan jogar era uma coisa mágica. Sem contar Pippen, Steve Kerr, Kukoc e o maluco do Rodman que era um show à parte.
Tive a oportunidade de ver o Chicago Bulls enfrentar o Orlando Magic em Orlando. Pena que não era esse timaço, mas deu pra matar a vontade de ver os Bulls.
Grande lembranças, Egon.
SRN.
Querido Kleber , concordo com vc : Ver o Federer jogando é um prazer. Elegância , educação e uma técnica impecável.
O tempo realmente está pesando no nosso campeão e ontem entre o terceiro e quarto set ele pediu atendimento médico e deve ter sentido algo pois seu rendimento caiu muito nos dois sets restantes.
Aliás o Djoko Tb abandonou o torneio por contusão.
Só tenho a dizer que prefiro mais um tempinho admirando esse monstro sagrado das quadras e agradecer por ter vivido na mesma época que Roger Federer.
Saudações
CBF informou tanto pelo secretário-geral Feldman quanto pelo diretor da base Branco que não haverá desconvocação de Reinier do Flamengo. E descartam que isso ocorra para qualquer clube. Assim, Fla terá de buscar no stjd a liberação
PF prende dono da Universidade Brasil e outras 18 pessoas por fraude no Fies
Operação Vagatomia investiga esquema de fraudes na concessão do Fies em Fernandópolis (SP). Representantes da Universidade Brasil
O departamento jurídico do clube, estuda a possibilidade de quebra de contrato.
Aguardemos.
Esqueci de um dado importante Kleber. O Federer perde no confronto direto tanto para o Djokovic, quanto para o Nadal. Isso tem muita relação com o aspecto mental e físico que mencionei anteriormente.
Fernando, querido amigo,
O que sinto é que Federer não está feliz.
Para quem por ele torce e, bem acostumado está ante tamanha genialidade, habituado a vencer quase sempre, encarar este momento requer profunda reflexão, até porque, à cada dia que for passando, pior será.
Sofrimento anunciado. Para ele e para quem o tem como ídolo.
Forte abraço.
Saudade!