Emoção

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(Foto: Antonio Carlos)

Há determinados ambientes em que é possível sentir sem muito esforço que tipo de ar se respira. Ontem, no Maracanã, o ar, de tão quente e caloroso, mais parecia um vulcão em erupção, erupção esta causada pela emoção. Desde o primeiro minuto tive a sensação clara de que o torcedor do Flamengo havia comprado a ideia deste jogo de despedida de Léo Moura. Confesso que fiquei um pouco preocupado com a derrota para o Botafogo, que poderia ter sido uma ducha gelada no ânimo da torcida do Flamengo. Mas que nada. Para um jogo que não valia absolutamente nada, contra um adversário que sequer tinha o seu time principal, o número de presentes ao Maracanã deixa claro que todos que lá estavam, para lá foram empurrados pela emoção e pela gratidão.

Antes do jogo, encontrei e abracei meu querido amigo Junior, o ex-capacete, hoje consagrado comentarista da TV Globo, e Leovegildo tinha a mesma sensibilidade, achando que hoje em dia, um jogador que atua ininterruptamente por um mesmo clube durante dez anos, deve realmente ser alvo de todas as homenagens. E como lembrou ainda, além da identificação com o clube, foi acima de tudo um vitorioso. Em síntese, quando se junta amor, afinidade e conquistas, nada pode dar errado. A festa foi um sucesso. Parabéns ao Léo Moura por tudo que representou para o Flamengo. Parabéns pela sua correção ao longo de tanto tempo. Parabéns pela sua fidelidade, liderança, talento e conquistas. E, parabéns pela sua humildade. Ontem, quando o abracei, ouvi dele o que quase nenhum dirigente ouve de um jogador de futebol. “Obrigado por você ter me ajudado. Obrigado, por tudo”. Emocionado, disse a ele que, como rubro-negro e como ser humano, quem tinha que agradecer era eu.

Noite que ficará na lembrança de todos para sempre.