Jhony Pinho / AGIF

“Operação” e incompetência

Bahia 1 x 0 Flamengo

Difícil, depois de tudo que vi neste jogo, ter frieza para passar o que penso. Mas vamos lá.
Temos duas análises:
A primeira, exclusivamente sobre o jogo. A segunda, mais ampla, avaliando o todo,

O jogo:
O Flamengo foi “operado”. O árbitro pernambucano deixou o Flamengo com dez jogadores quase a partida inteira. Lance que poderia até ser de cartão amarelo. Vermelho, só se a intenção real fosse essa, ou seja, “operar”. Já vi este filme. O árbitro tinha esta missão a cumprir. Quando teve a oportunidade, usou o “bisturi”.
Já que falo de arbitragem, impressionante o corporativismo de Paulo César de Oliveira, comentarista da Globo. Como árbitro, excepcional. Como comentarista, sem a independência que o consagrou no apito.

Saindo da arbitragem, decisiva para o resultado, fico com a sensação de que, mesmo jogando com um jogador a menos, poderíamos ter feito melhor. Alguns jogadores estiveram abaixo da média, mas prefiro uma análise mais ampla.

Façam as contas e avaliem a quantidade de jogos, um atrás do outro, com desempenhos muito aquém do aceitável. E, para evoluir, é necessário esquecer esta “operação” dominical e tentar compreender o motivo de tudo ter desandado.

Filipe Luís não tem sido feliz, administrando, escalando e substituindo.

Quando não se tem a noção exata do que internamente ocorre, é preciso ter cuidado ao avaliar. De fora, vejo o time mexido além da conta. Este negócio de poupar na futurologia, por possível contusão, está passando do ponto. Há jogo que não se poupa, onde arriscar é preciso. Em síntese, a equipe fora das quatro linhas não está funcionando bem. Fosse Filipe Luís mais calejado, não ouviria tanto e atenderia suas intuições.

A mais estapafúrdia substituição que vi no futebol, ocorreu neste jogo. Sai: Arrascaeta. Entra: Wallace Yan.
Aí, parei!
Há no Instagram, um depoimento de Wanderley Luxemburgo sobre uma aula que recebeu de Zidane, que Filipe Luís deveria ouvir. Quem sabe, no futuro, não cometa, de novo, o absurdo de substituir um jogar que é diferente, que pode decidir tudo em um lampejo de gênio, que os adversários temem.

Além do erro básico, além de errar na origem, cometeu um suicídio na sequência.

Enquanto muita gente, inclusive analistas experientes, exaltavam a ‘personalidade’ de Wallace Yan, aqui no blog chamava a atenção para o comportamento do jovem jogador. Dizia ser preciso uma conversa séria com ele, pois a consagração viria pelo seu talento e não pelo temperamento exaltado e agressivo. Não deu outra. Terminamos o jogo com nove. Tragédia… anunciada!!!

Enfim, a casa está desarrumada. Urge rápida ação para que o ano, que se anunciava dos sonhos, não vá para o brejo.

Tempo haverá. Vem aí mais uma data Fifa. Dez ou doze dias para arrumar a casa.