O Ídolo

Já disse aqui uma infinidade de vezes o quanto considero fundamental para um clube popular a presença de algo mágico, que é aquele jogador que arrasta multidões, que confunde o amor do torcedor, pois a idolatria se confunde com o amor pelo próprio clube.

Zico, foi o meu grande ídolo. No Flamengo, como torcedor, menino, adorava Dida. Curti, Silva – o batuta. Irado fiquei com a venda de Gerson, que adorava, para o Botafogo e, este episódio foi marcante e decisivo para que eu optasse pelo jornalismo.

Zico, vi nascer. Acompanhei cada passo. Vi e alucinado fiquei com todas as vitórias e, com ele sofri poucos momentos de desencanto. O amor por ele era tão grande que o via como o próprio Flamengo. Vitória do Flamengo sem gol de Zico, não era completa.

Além da veneração de torcedor apaixonado, havia de minha parte a profunda admiração pelo ser humano e, para ficar completo, por toda família dele. Maria José, a Zezé, foi minha brilhante professora no Colégio João Alfredo. Pai e mãe, adoráveis, e irmãos perfeitos. Enfim, família iluminada e, dela, a figura mais importante na história centenária do clube mais popular do país. Caramba, há algo mais importante do que isso?

Diria que Zico é a maior e mais linda bandeira rubro-negra.

Quando não se tem em casa o ídolo, que se procure fora. Zico, foi a perfeição, mas Romário, atingiu também os objetivos de um clube popular. Hoje, este é o nosso problema maior. Precisamos de um ídolo.

O Flamengo sem um grande ídolo, é meio Flamengo.

O motivo deste post? Saudade, como disse o poeta, de um tempo bom que não volta mais. Saudade de ver a camisa 10 em alguém com o tamanho exato do Flamengo.

Termino, colocando para vocês uma foto e a mensagem que recebi hoje de Zico, meu ídolo eterno.

“Olha teus filhos aí! Um no gol e outro na zaga.
Demos um couro na Fifa com Platini,Voller e companhia…..”
Zico