Reprodução / CBF TV

Cada um no seu quadrado

O futebol brasileiro está ficando meio esquisito, dando a impressão de ter perdido o rumo.
Em condições normais, aqui e mundo afora, dirigente dirige, treinador treina, jogador joga e torcedor torce.
De uma hora para outra, as coisas começaram a mudar, com treinador se achando no direito de interferir no que compete aos dirigentes, fato que dá margem a que dirigente queira escalar o time.
Não sei se por influência do treinador, jogadores ameaçam não jogar e o pobre do torcedor assiste a esta pantomima descrente do que possa vir pela frente.

Já coloquei aqui no blog e repito que, apesar de considerar, sob todos os aspectos, uma irresponsabilidade assumir o compromisso de realizar esta Copa América, isto não diz respeito ao treinador da Seleção Brasileira, que não é pago para comentar, e sim, para treinar.
No mesmo embalo, nossos jogadores, mais preocupados em marcar posição política do que em jogar bola.

E tudo isto acontecendo no momento em que a CBF passa por crise institucional, sem possibilidade de solução imediata, já que o presidente, afastado pelo Conselho de Ética, tem prazo de trinta dias para sua defesa e, dependendo do que vier a ocorrer, pode haver uma eleição que conduziria um novo presidente até abril do ano que vem, onde haveria uma nova eleição. Enfim, tudo muito confuso e de perspectivas sombrias.

Tudo isto só terá solução definitiva quando couber à CBF a responsabilidade de cuidar, exclusivamente, das Seleções Brasileiras, dos tribunais e das arbitragens, com clubes, através de uma Liga, cuidando dos campeonatos nacionais.
Enquanto isto não ocorrer, o futebol brasileiro estará sujeito a chuvas, trovoadas, tornados e tsunamis…